12 de mai 2025
Defensoria Pública denuncia violações de direitos humanos em penitenciária feminina de SP
Defensoria Pública denuncia condições precárias na ala materno infantil da Penitenciária Feminina de Santana, incluindo falta de fraldas e atendimento médico.
Penitenciária Feminina da Capital, no antigo complexo do Carandiru, em São Paulo (Foto: Rubens Cavallari - 26.jun.2019/Folhapress)
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A Defensoria Pública de São Paulo apresentou um relatório à Corregedoria dos Presídios, denunciando irregularidades e violações de direitos humanos na ala materno-infantil da Penitenciária Feminina de Santana. A visita ocorreu no dia 29 de abril e revelou problemas como escassez de fraldas, falta de atendimento médico e revistas vexatórias para mães e bebês.
O documento aponta que apenas trinta fraldas são fornecidas por semana, o que é insuficiente, já que um recém-nascido utiliza entre sete e dez fraldas diariamente. Além disso, a qualidade das fraldas é questionada, resultando em vazamentos e assaduras. A Defensoria também observou que muitos bebês apresentavam diarreia.
As condições alimentares das presas foram criticadas. O relatório menciona que as mulheres recebem refeições inadequadas, como salsicha e fígado em estado duvidoso, e relatam passar fome à noite, tendo apenas um pão seco para comer. A Defensoria pede que a Corregedoria tome providências imediatas para garantir condições dignas para as mães e seus filhos.
Resposta da Secretaria
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) respondeu às denúncias, afirmando que recebeu o ofício da Defensoria e que a unidade conta com quatro médicos e serviços de saúde em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). A SAP também informou que foram realizados trezentos e setenta e oito atendimentos médicos nos últimos dezesseis meses.
A secretaria negou a ocorrência de revistas vexatórias em bebês e afirmou que a alimentação é preparada pelas próprias presas, com ceia servida após o jantar. A SAP também contestou a alegação de que apenas trinta fraldas são fornecidas, afirmando que são distribuídas trinta e cinco fraldas semanalmente.
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