14 de mai 2025
Polícia Civil apreende R$ 220 milhões e bens de luxo em operação contra fraudes em licitações
Operação Caballus apreende R$ 220 milhões e investiga fraudes em licitações no Rio, com foco em empresário e empresas fantasmas.
Polícia Civil cumpriu mais de dez mandados de busca e apreensão no estado do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação/PCERJ)
Ouvir a notícia:
Polícia Civil apreende R$ 220 milhões e bens de luxo em operação contra fraudes em licitações
Ouvir a notícia
Polícia Civil apreende R$ 220 milhões e bens de luxo em operação contra fraudes em licitações - Polícia Civil apreende R$ 220 milhões e bens de luxo em operação contra fraudes em licitações
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou a operação Caballus na terça-feira, 13 de maio de 2025, em Campos dos Goytacazes, resultando na apreensão de R$ 220 milhões, 45 cavalos de raça, veículos de luxo e eletrônicos. A ação investiga um esquema de fraudes em licitações, liderado pelo empresário Wagner Crespo Luiz.
Durante a operação, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em seis locais. Os cavalos apreendidos, avaliados em cerca de R$ 6 milhões, pertencem a Crespo. Entre os veículos, destacam-se um Porsche de R$ 1,7 milhão, uma caminhonete Dodge RAM de R$ 370 mil e uma BMW X1, avaliada em R$ 350 mil. A Justiça bloqueou os R$ 220 milhões das contas dos investigados para garantir o ressarcimento aos cofres públicos.
Os investigadores identificaram que o grupo utilizava pelo menos três empresas fantasmas para vencer licitações fraudulentas entre 2018 e 2023. Os contratos envolviam o fornecimento de medicamentos e materiais hospitalares para prefeituras, especialmente em Campos dos Goytacazes. Parte dos recursos desviados era movimentada por meio de contas em nome de terceiros, com saques fracionados e pagamentos relacionados ao haras de Crespo.
Desdobramentos da Investigação
A delegada Ana Carolina Lemos, responsável pela investigação, afirmou que foram encontradas lojas vazias, sem estrutura para operar. O esquema utilizava "laranjas" para ocultar a origem dos recursos. A operação representa a primeira fase das investigações, que continuam em busca de outros envolvidos e para calcular o real prejuízo ao erário.
A defesa de Wagner Crespo Luiz não se manifestou até o momento. O caso está sob a responsabilidade do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD). A Polícia Civil segue com as investigações para recuperar os ativos desviados.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.