16 de mai 2025

Corinthians é investigado por desvio de R$ 1 milhão para empresa ligada ao PCC
Relatório da Polícia Civil revela que R$ 1,4 milhão do patrocínio do Corinthians à VaideBet foi desviado para empresas ligadas ao PCC.
Foto:Reprodução
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Um relatório da Polícia Civil de São Paulo revelou que R$ 1,4 milhão do patrocínio do Corinthians à casa de apostas VaideBet foi desviado para empresas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação aponta que a empresa UJ Football Talent Intermediação, associada ao crime organizado, recebeu R$ 1.074.150 desse montante.
Os repasses ocorreram por meio da empresa Rede Social Media Design, de Alex Cassundé, que intermediou o contrato entre o Corinthians e a VaideBet. A Polícia Civil identificou que a Rede Social Media recebeu R$ 1,4 milhão em comissões, que foram transferidos para a Neoway Soluções Integradas, uma empresa considerada "fantasma" e registrada em nome de uma laranja.
Desdobramentos da Investigação
Após os repasses, a Neoway transferiu R$ 1 milhão para a Wave Intermediações e Tecnologia, que, por sua vez, fez três transferências totalizando R$ 874.150 para a UJ Football. A investigação, liderada pelo delegado Tiago Fernando Correia, concluiu que o Corinthians foi vítima de um esquema de lavagem de dinheiro, onde os valores foram "pulverizados" em diversas transações para dificultar o rastreamento.
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, enfrenta um processo de impeachment devido a esse caso. O clube se manifestou, afirmando que é vítima das circunstâncias e que não tem controle sobre o que terceiros fazem com os valores recebidos. A nota oficial destaca que não há evidências de autoria relacionadas aos fatos mencionados.
Contexto do Patrocínio
O contrato com a VaideBet, firmado em janeiro de 2024, previa um total de R$ 360 milhões em três anos. No entanto, a relação com a casa de apostas foi encerrada em junho de 2024, após a divulgação das irregularidades. O caso levanta preocupações sobre a influência do crime organizado no futebol brasileiro e a necessidade de maior transparência nas transações financeiras do esporte.
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