22 de mai 2025




Corinthians e ex-dirigentes são indiciados por irregularidades no caso Vai de Bet
Indiciados por crimes financeiros, dirigentes do Corinthians enfrentam impeachment após polêmica com contrato de R$ 370 milhões com a Vai de Bet.
Foto:Reprodução
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O presidente do Corinthians, Augusto Melo, e outros três dirigentes foram indiciados pela Polícia Civil de São Paulo por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. O indiciamento está relacionado ao polêmico contrato de patrocínio com a Vai de Bet, que envolveu R$ 370 milhões por três anos. A conclusão do inquérito ocorreu na noite de quinta-feira, 22 de outubro.
Além de Melo, foram indiciados o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano e o intermediário Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé. O inquérito revelou que o Corinthians fez repasses suspeitos para a empresa Rede Social Media Design LTDA, ligada a Cassundé, que posteriormente transferiu valores para uma empresa 'laranja', a Neoway Soluções Integradas.
Consequências e Votação de Impeachment
A situação de Augusto Melo se agrava com a convocação do Conselho Deliberativo do Corinthians, que se reunirá na próxima segunda-feira, 26 de outubro, para votar um possível impeachment do presidente. O processo já havia sido iniciado em janeiro, mas foi suspenso por questões de segurança. Na última votação, 126 conselheiros se mostraram a favor da admissibilidade do impeachment, enquanto 114 votaram contra.
Se a maioria simples aprovar o impeachment, Melo será afastado imediatamente, e o primeiro vice-presidente Osmar Stabile assumirá temporariamente o cargo. O desdobramento deste caso pode impactar não apenas a gestão do clube, mas também sua imagem no cenário esportivo.
Detalhes do Contrato e Irregularidades
O contrato com a Vai de Bet foi assinado em 7 de janeiro de 2024, mas se tornou alvo de investigações após a descoberta de irregularidades. Em março, o Corinthians fez dois depósitos de R$ 700 mil para a empresa de Cassundé, que foram movimentados por contas de empresas de fachada. A Polícia Civil identificou que parte do dinheiro foi direcionada a contas vinculadas ao crime organizado.
A Vai de Bet rescindiu o contrato em junho de 2024, acionando uma cláusula anticorrupção devido às notícias sobre as irregularidades. A empresa deu um prazo de dez dias para que o Corinthians apresentasse explicações, mas não obteve a resposta esperada. O caso levanta sérias preocupações sobre a integridade financeira do clube e a responsabilidade de seus dirigentes.
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