16 de mai 2025
Demora na alerta de emergência é investigada após tragédia que deixou 228 mortos na Valencia
Alerta sobre a dana que causou 228 mortes na Comunidade Valenciana foi enviado com mais de uma hora de atraso, segundo chefe de Emergências.
Reunião sobre a dana no Centro de Emergências da Generalitat (Cecopi) em L'Eliana (Valencia) no dia 29 de outubro. (Foto: EUROPA PRESS)
Ouvir a notícia:
Demora na alerta de emergência é investigada após tragédia que deixou 228 mortos na Valencia
Ouvir a notícia
Demora na alerta de emergência é investigada após tragédia que deixou 228 mortos na Valencia - Demora na alerta de emergência é investigada após tragédia que deixou 228 mortos na Valencia
A Generalitat Valenciana enfrenta críticas pela gestão da alerta durante a dana que resultou em 228 mortes em outubro. Miguel M., chefe de Emergências, confirmou que a alerta massiva foi considerada mais de uma hora antes de ser enviada, o que pode ter contribuído para o aumento de vítimas.
Em depoimento no tribunal de Catarroja, Miguel M. afirmou que a proposta de enviar um EsAlert (alerta massivo a telefones) foi discutida pela primeira vez às 18h36. No entanto, o aviso só foi enviado às 20h11, quando já havia um número crescente de mortos e desaparecidos. A juíza Nuria Ruiz Tobarra investiga se essa demora foi um fator decisivo para o aumento das fatalidades.
A exconselheira de Justiça e Interior, Salomé Pradas, que está sendo investigada, declarou que a avaliação da situação começou apenas às 19h. Essa afirmação contrasta com o depoimento de Miguel M., que destacou que a ideia de enviar a mensagem foi discutida entre 18h00 e 19h00. Durante esse período, houve problemas de comunicação que dificultaram a participação de instituições conectadas por videoconferência.
Miguel M. também relatou que, no dia da dana, havia 23 operários autorizados para redigir mensagens de EsAlert. Apesar de ter sido informado sobre a possibilidade de envio do alerta às 18h36, a confirmação para o envio ocorreu apenas às 20h08. Ele destacou que as comunicações foram prejudicadas, dificultando a validação do aviso.
Além disso, a investigação inclui a análise de um possível alerta sobre a ruptura da presa de Forata, que poderia ter causado um desastre ainda maior. A juíza também rejeitou um pedido da exconselheira para anular a transcrição de seu depoimento anterior, considerando que a gravação é o documento relevante. A situação continua a ser acompanhada de perto pelas autoridades.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.