Héctor de Miguel é processado por piada sobre a cruz do Vale de Cuelgamuros, mas é absolvido

Héctor de Miguel, conhecido como Quequé, fez uma piada sobre dinamitar a cruz do Valle de los Caídos em seu programa na Cadena SER, o que resultou em uma queixa do grupo ultracatólico Abogados Cristianos. O incidente ocorreu em 27 de junho de 2024.

Recentemente, a Audiencia Provincial de Madrid decidiu arquivar a causa por suposto delito de ódio, afirmando que os comentários de De Miguel não incitam hostilidade religiosa. Os juízes concluíram que as declarações não constituem crime e não promovem um clima de hostilidade contra a religião católica. Além disso, destacaram a falta de repercussão real dos comentários.

De Miguel comentou sobre o impacto da situação em sua carreira e a importância da liberdade de expressão. Ele afirmou que a experiência, embora desagradável para sua família, resultará em material para sua comédia. O comediante também ponderou sobre os limites do humor, ressaltando que o código penal já estabelece restrições.

O humorista criticou a judicialização de ofensas, questionando por que apenas os sentimentos religiosos são protegidos. Ele defendeu a ideia de que a liberdade de expressão deve prevalecer sobre tentativas de censura por grupos fundamentalistas. Quequé também mencionou que a ultradireita tem se mostrado eficaz em manipular a insatisfação entre os jovens, desviando a culpa para os mais vulneráveis.

Por fim, De Miguel expressou que não permitirá que essa experiência o impeça de continuar a fazer humor. Ele enfatizou que a liberdade de expressão deve ser defendida e que a sociedade deve avançar na discussão sobre os limites do humor e da crítica.