16 de mai 2025
Ministério Público investiga abandono de patrimônio deixado por Eufrásia Teixeira Leite
Patrimônio deixado por Eufrásia Teixeira Leite em Vassouras é investigado por abandono e deterioração, gerando preocupação na comunidade.
Retrato de Eufrásia Teixeira Leite - Divulgação (Foto: Reprodução/ TV Globo)
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) instaurou um inquérito para investigar o abandono e a deterioração do patrimônio deixado por Eufrásia Teixeira Leite, uma aristocrata do século XIX, em Vassouras. Os bens, que incluem um hospital e colégios, estão desativados e em condições precárias.
Eufrásia, que viveu entre mil oitocentos e cinquenta e um e mil novecentos e trinta, deixou uma fortuna estimada em R$ 1 bilhão. A maior parte dos recursos foi destinada a instituições de Vassouras, sua cidade natal, e de Paris. O MP-RJ identificou que o hospital Eufrásia, o colégio Regina Coeli e o prédio do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) estão em estado crítico.
A Santa Casa de Misericórdia de Vassouras, responsável pela gestão do patrimônio, não respondeu aos pedidos de contato. Em nota, a instituição reconheceu enfrentar um "cenário delicado", com dívidas acumuladas e dificuldades financeiras. O MP-RJ também investiga a prefeitura municipal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por omissão na preservação dos bens.
Legado de Eufrásia
Eufrásia Teixeira Leite foi uma das primeiras mulheres a investir na Bolsa de Paris, multiplicando a fortuna herdada. Ela destinou recursos para a educação e saúde em Vassouras, incluindo um colégio para meninas órfãs e um hospital moderno para a época. O testamento dela enfatizava a necessidade de fiscalização sobre o uso do patrimônio.
O inquérito do MP-RJ visa responsabilizar os envolvidos pela má gestão e abandono dos imóveis. A promotora Renata Cossatis destacou a importância de proteger o legado histórico de Eufrásia, que desejava que seus bens servissem à comunidade. Documentos históricos, incluindo o testamento, foram reunidos para embasar a investigação.
A situação dos imóveis é alarmante, com sinais de umidade e infestação. A promotora pretende provocar os órgãos públicos para que realizem o tombamento dos bens e assegurem sua preservação. A Irmandade Santa Casa de Misericórdia, que administra os bens, afirmou que busca parcerias e aluguéis para quitar dívidas, mas não conseguiu contato com a prefeitura sobre o abandono do patrimônio.
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