19 de mai 2025
Governo de São Paulo nega pulverização de usuários de drogas após ações na Cracolândia
Dispersões policiais na Cracolândia geram novos fluxos de usuários em São Paulo, levantando questões sobre o futuro dos dependentes.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (Foto: Amanda Ramos/SSP/Governo de SP/Divulgação) A reportagem da Folha percorre as ruas da região central da cidade para identificar possíveis novas "cracolândias", após o esvaziamento da rua dos Protestantes, última localização do fluxo, ocorrido na madrugada de segunda para terça-feira dessa semana. Foto no Viaduto Diário Popular, nas proximidades do Mercado Municipal. (Foto: Bruno Santos/Folhapress)
Ouvir a notícia:
Governo de São Paulo nega pulverização de usuários de drogas após ações na Cracolândia
Ouvir a notícia
Governo de São Paulo nega pulverização de usuários de drogas após ações na Cracolândia - Governo de São Paulo nega pulverização de usuários de drogas após ações na Cracolândia
O governo de São Paulo enfrenta críticas após dispersões violentas de usuários de drogas na Cracolândia, resultando em novos "fluxos" em outras áreas da cidade. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que é contra a "pulverização" de dependentes químicos, defendendo a concentração de esforços na região central para um tratamento diferenciado.
Nos últimos dias, usuários relataram abordagens agressivas da polícia, levando a um esvaziamento da Cracolândia. Um homem ferido por um tiro de borracha descreveu ter fugido da polícia durante uma dispersão. A situação gerou incertezas sobre o paradeiro dos dependentes, que agora se espalham por locais como a Praça da República e a Avenida Paulista.
Organizações da sociedade civil criticam as ações do governo, afirmando que as medidas não resolveram o problema da concentração de usuários. A Prefeitura de São Paulo, por sua vez, defende que a Guarda Civil Metropolitana atua para proteger a população e combater a criminalidade, prometendo investigar eventuais condutas inadequadas.
Usuários e comerciantes relatam que, após a repressão, pequenos grupos se formam rapidamente em diferentes áreas. Um usuário, Richard, mencionou que a polícia cercou seu grupo, resultando em uma dispersão rápida. Outros, como Daniel e Evelizi, destacam a dificuldade de manter vínculos entre os dependentes, que agora estão dispersos e sem apoio.
Boatos sobre abordagens coercitivas também circulam, com relatos de usuários sendo levados para clínicas de tratamento. A falta de informações claras sobre o destino dos dependentes gera preocupação entre os moradores e comerciantes da região. A situação continua a evoluir, com a polícia mantendo uma presença constante nas áreas afetadas.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.