Juiz determina que governo dos EUA deve manter custódia de migrantes deportados para Sudão do Sul

Um juiz federal determinou que a Departamento de Segurança Interna (DHS) violou uma ordem judicial ao tentar deportar migrantes para o Sudão do Sul sem permitir que contestassem sua remoção. O juiz Brian Murphy, do Distrito de Massachusetts, afirmou que os detidos não tiveram uma oportunidade significativa de se opor à transferência, que poderia resultar em tortura.

Durante uma audiência, Murphy destacou que o prazo de 17 horas dado aos migrantes antes do voo foi "insuficiente". O DHS não confirmou o destino do voo, mas alega que os oito indivíduos deportados têm antecedentes criminais, incluindo crimes graves como homicídio e estupro. A porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, defendeu a ação, chamando os deportados de "monstros barbaramente únicos".

Murphy também indicou que poderia considerar a responsabilização criminal de oficiais da administração por desobedecer à sua ordem. O juiz já havia determinado que os migrantes devem ter a chance de contestar suas deportações para países que não sejam seus. A DHS, por sua vez, argumenta que os detidos tiveram a oportunidade de se defender.

O juiz planeja realizar outra audiência para discutir as implicações legais das ações do DHS e se houve má representação de fatos ao tribunal. A situação é complexa, com a administração Trump buscando deportar migrantes para países que não os aceitam, como o Sudão do Sul, que enfrenta um conflito armado.