23 de mai 2025
Brasil enfrenta crise de segurança com aumento de roubos e furtos de celulares
Epidemia de roubos de celulares no Brasil mobiliza governo com aplicativo de cadastro e aumento de penas, mas a resposta ainda é lenta.
Aparelhos apreendidos pela polícia e assaltante em ação, cena cada vez mais comum: média de dois celulares roubados ou furtados por minuto no país (Foto: Polícia Civil/Divulgação/Reprodução)
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O Brasil enfrenta uma epidemia de roubos e furtos de celulares, com facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) atuando de forma organizada. O governo lançou um aplicativo para cadastro de aparelhos e propôs aumentar as penas para receptação.
O programa Tolerância Zero, implementado em Nova York na década de 90, é frequentemente citado como um modelo de sucesso em segurança pública. A iniciativa, que teve como um de seus pilares o rigor nas punições, resultou em uma redução de 61% na taxa de homicídios. Apesar de ser uma referência, sua aplicação no Brasil tem sido ineficaz, levando a um aumento da criminalidade.
Atualmente, o Brasil registra uma média de dois roubos de celular por minuto. Muitas dessas ocorrências resultam em tragédias, com vítimas sendo mortas pelos assaltantes. O PCC se tornou um importante fornecedor de armas para os criminosos, que recebem entre R$ 200,00 e R$ 500,00 por unidade. Os celulares roubados frequentemente passam por várias mãos antes de serem revendidos, com parte sendo enviada para o exterior, especialmente para a Nigéria.
Em resposta à crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não pode se tornar “a república de ladrão de celular”. O governo busca dificultar o comércio ilegal com novas medidas, como o cadastro nacional de aparelhos. Além disso, um projeto para aumentar as penas por receptação foi enviado à Casa Civil. A falta de uma abordagem mais rigorosa, similar à Tolerância Zero, permitiu que o problema se agravasse, exigindo agora uma recuperação urgente do tempo perdido.
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