Política

Epidemia de roubos de celulares no Brasil gera insegurança e movimenta bilhões

Epidemia de roubos de celulares no Brasil atinge recordes em 2023, com mais de 937 mil casos. Governo intensifica combate ao crime.

Roubo de smartphones: a ponta do iceberg da violência inaceitável (Foto: iStock/Getty Images)

Roubo de smartphones: a ponta do iceberg da violência inaceitável (Foto: iStock/Getty Images)

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O Brasil enfrenta uma epidemia de furto e roubo de celulares, com mais de 937 mil ocorrências registradas em 2023, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo e Rio de Janeiro lideram os números, refletindo um aumento da violência em diversas classes sociais. O governo implementou o aplicativo Celular Seguro e propôs um projeto de lei para aumentar as penas relacionadas à receptação.

Em janeiro de 2023, São Paulo registrou 22 mil casos de roubos e furtos, um aumento de 28% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No Rio de Janeiro, foram mais de 4 mil ocorrências, um recorde histórico. Apesar de uma leve queda de 10% nas estatísticas gerais em comparação a 2022, muitos crimes não são notificados, aumentando a sensação de insegurança entre a população.

A violência associada a esses crimes é alarmante. O assassinato do ciclista Vitor Medrado, ocorrido em fevereiro, exemplifica a brutalidade dos assaltos. Ele foi morto enquanto mexia no celular em uma calçada de São Paulo. O pesquisador Leonardo Carvalho, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, destaca que a possibilidade de se tornar uma vítima impacta a percepção de segurança de todos.

Ações do Governo

Para combater essa situação, o governo federal anunciou medidas, incluindo o aprimoramento do aplicativo Celular Seguro. O programa visa cadastrar aparelhos em todo o país, permitindo o bloqueio em caso de roubo. Até abril de 2025, mais de 125 mil alertas de bloqueio foram emitidos. O Ministério da Justiça também enviou um projeto de lei para aumentar as penas de receptação de eletrônicos.

As quadrilhas que atuam nesse mercado são organizadas e conectadas a grupos criminosos internacionais, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). A Operação Big Mobile, realizada pela polícia paulista, encontrou mais de 20 mil celulares roubados, revelando um sistema complexo de comercialização.

A situação é crítica, com o mercado de celulares roubados movimentando cerca de R$ 22,7 bilhões entre julho de 2023 e julho de 2024. As autoridades enfrentam o desafio de desmantelar essas quadrilhas e proteger a população, que vive em constante estado de alerta.

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