23 de mai 2025
Brasil é usado por espiões russos para obter identidades e documentos falsos
Espiões russos usaram o Brasil para obter documentos falsos. Ministro da Justiça afirma que investigações revelam um caso isolado.
Passaporte brasileiro atraiu os russos (Foto: Gilberto_Mesquita/Getty Images/iStockphoto)
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O Brasil tem sido utilizado por espiões russos como base para obter documentos falsos, incluindo certidões de nascimento, para facilitar a infiltração no exterior. A Polícia Federal (PF) investiga o caso, que envolve pelo menos nove agentes russos operando com identidades brasileiras falsas.
Recentemente, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que não há evidências de uma operação em larga escala de espiões russos no Brasil. Ele se referiu a um caso isolado sob investigação judicial, que está sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF). Lewandowski declarou: “Quando o Judiciário decidir, o governo brasileiro tomará a decisão correspondente.”
A investigação da PF, que começou em 2022, revelou que os espiões não tinham como objetivo espionar o Brasil, mas sim adquirir a nacionalidade brasileira para obter documentos do país. O jornal americano The New York Times destacou que o Brasil se tornou uma plataforma para a formação de agentes de inteligência russos, que criaram identidades novas ao abrir empresas e estabelecer relacionamentos.
O passaporte brasileiro é considerado um dos mais poderosos da América Latina, permitindo acesso a 173 países sem a exigência de visto. Essa facilidade atraiu espiões que buscam se infiltrar em outros países. A PF, com apoio de serviços de inteligência de várias nações, já mapeou transações financeiras relacionadas a esses agentes.
Um dos casos mais notáveis é o de Sergey Cherkasov, que se apresentou como Victor Müller Ferreira. Ele foi barrado na imigração da Holanda e deportado para o Brasil, onde permanece preso. Cherkasov foi condenado por falsificação de documentos, mas nega as acusações de espionagem. A investigação continua, e as certidões de nascimento dos espiões suspeitos permanecem sob sigilo judicial.
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