Política

Vítimas de Joel Le Scouarnec clamam por justiça em julgamento de abusos sexuais infantis

Julgamento de Joel Le Scouarnec, acusado de abusar de 299 crianças, gera frustração entre vítimas e clama por mudanças na sociedade francesa.

Protestos em frente ao tribunal em Vannes demonstram apoio às vítimas de Le Scouarnec. (Foto: Getty Images)

Protestos em frente ao tribunal em Vannes demonstram apoio às vítimas de Le Scouarnec. (Foto: Getty Images)

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O julgamento de Joel Le Scouarnec, um cirurgião aposentado acusado de abusar sexualmente de duzentas e noventa e nove crianças, está se aproximando do fim na cidade de Vannes, na França. As vítimas expressam frustração com a falta de atenção pública ao caso, que deveria ser um marco na sociedade francesa.

Um grupo de vítimas, liderado por Manon Lemoine, de trinta e seis anos, formou uma campanha para exigir reconhecimento e mudanças. Elas criticam a aparente indiferença da sociedade e a ausência de uma comissão parlamentar para investigar o caso, que expõe falhas institucionais graves. “É assustador pensar que isso pode acontecer novamente”, afirmou Lemoine.

As audiências revelaram detalhes perturbadores sobre os crimes de Le Scouarnec, que ocorreram entre mil novecentos e noventa e oito e dois mil e quatorze. Ele admitiu ter documentado os abusos em cadernos, atacando principalmente pacientes vulneráveis. A defesa de Le Scouarnec alega que ele estava isolado e consumido por vícios antes de ser preso em dois mil e dezessete.

Mobilização das Vítimas

As vítimas, inicialmente anônimas, decidiram se identificar publicamente para chamar atenção ao caso. Algumas expressaram que a revelação de suas identidades é um passo necessário para que suas vozes sejam ouvidas. “Esperamos que isso mude as coisas”, disse Lemoine, enfatizando a importância de enfrentar a cultura de silêncio em torno do abuso infantil.

O julgamento, que se desenrolou em meio a comparações com o caso de Pelicot, que teve grande repercussão, não conseguiu mobilizar a mesma atenção. A advogada Myriam Guedj-Benayoun criticou a “silêncio organizado” em torno do abuso infantil, destacando a necessidade de uma mudança cultural.

Expectativas Futuras

Apesar da falta de cobertura midiática, alguns especialistas acreditam que o caso pode ser um ponto de virada na luta contra o abuso infantil na França. Arnaud Gallais, ativista de direitos infantis, ressaltou a importância de unir forças para que o julgamento não seja em vão. “Precisamos reagir e nos organizar”, afirmou.

Le Scouarnec, que confessou seus crimes, deve receber uma condenação e provavelmente passará o resto da vida na prisão. O impacto emocional do julgamento sobre as vítimas é profundo, com algumas relatando que o processo ajudou na reconstrução de suas vidas.

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