25 de mai 2025

Crítica ao capitalismo se torna frágil após abandono da tática bolchevique
A esquerda contemporânea enfrenta críticas por sua falta de propostas criativas e por se distanciar da luta contra o capitalismo. A análise sugere que, ao abandonar métodos radicais, como os bolcheviques, a esquerda se tornou um grupo focado em queixas e questões identitárias, perdendo a capacidade de implementar mudanças significativas. O autor argumenta que utopias políticas exigem ações decisivas contra o status quo e que, sem uma abordagem mais contundente, as transformações se tornam ineficazes. Além disso, o contexto geopolítico atual, especialmente na América Latina, apresenta desafios únicos, tornando as críticas ao capitalismo menos impactantes. A obra de Serge Latouche sobre a economia do "fetiche do PIB" é mencionada, destacando a necessidade de solidariedade, mas reconhecendo a complexidade das soluções. A análise conclui que a natureza humana tende a responder mais à violência e ao medo do que a discursos educacionais.
Foto:Reprodução
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A crítica à esquerda contemporânea aponta sua perda de capacidade de propor modelos criativos e a transformação em um grupo focado em queixas. Essa análise sugere que a esquerda se distanciou da luta contra o capitalismo, tornando-se um coletivo de ressentidos.
O texto discute como a esquerda abandonou o método bolchevique, que envolvia ações radicais e violência sistemática contra o status quo. Essa mudança é vista como uma dificuldade em implementar utopias políticas sem recorrer a ações mais contundentes. Para alguns, a esquerda se tornou "civilizada", enquanto outros a consideram "frouxa".
A ideia central é que qualquer forma de utopia política requer uma ação decisiva contra os defensores do status quo. O autor menciona que, sem uma guerra civil, as mudanças são ineficazes. O método bolchevique, conforme descrito por Leonard Shapiro, envolvia centralização radical e desrespeito pela lei, visando a destruição do tecido social.
A esquerda atual, segundo a análise, se preocupa mais com questões identitárias e linguagem neutra do que com a luta contra o capitalismo. Essa abordagem é vista como uma fuga da realidade, enquanto os bolcheviques se viam como agentes de mudança dispostos a realizar o "trabalho sujo".
Contexto Atual
A análise também destaca que o cenário geopolítico atual é diferente do contexto da Revolução de 1917. A América Latina, por exemplo, enfrenta uma várzea geopolítica, onde as críticas ao capitalismo não têm a mesma ressonância. O autor menciona a obra de Serge Latouche sobre a economia do "fetiche do PIB", que critica a pressão por produtividade.
Latouche defende a solidariedade, mas a proposta enfrenta desafios práticos. A análise conclui que, apesar das boas intenções, não há soluções simples para mudar o mundo. A natureza humana, segundo a visão apresentada, responde mais à violência e ao medo do que a discursos e propostas educacionais.
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