26 de mai 2025
Boeing fecha acordo provisório de US$ 1,1 bilhão para evitar acusações criminais
Boeing fecha acordo de US$ 1,1 bilhão com o governo dos EUA para evitar acusações criminais após tragédias com o 737 Max.
Um avião Boeing 737 MAX decola do Aeroporto Municipal de Renton, EUA. (Foto: Ellen Banner/Getty Images)
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A Boeing firmou um acordo provisório com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para evitar acusações criminais relacionadas a duas quedas fatais de jatos 737 Max, que resultaram na morte de 346 pessoas. O acordo foi anunciado em um documento judicial na última sexta-feira, a poucos dias do início de um julgamento marcado para 23 de junho em Fort Worth, Texas.
O acordo estipula que a Boeing pagará mais de US$ 1,1 bilhão e implementará melhorias em seus processos de segurança e qualidade. Os advogados do Departamento de Justiça informaram que a Boeing pagará uma multa de US$ 243,6 milhões e contribuirá com US$ 444,5 milhões para um fundo destinado às famílias das vítimas dos acidentes do voo Lion Air 610, em outubro de 2018, e do voo Ethiopian Airlines 302, em março de 2019.
Detalhes do Acordo
Além das multas, o acordo exige que o conselho de diretores da Boeing se reúna com os familiares das vítimas. O novo acordo foi alcançado apesar da resistência de algumas famílias, que desejam penalidades mais severas para a empresa. No passado, a Boeing já havia se declarado culpada por uma conspiração criminosa, mas esse acordo foi rejeitado pelo juiz Reed O’Connor em dezembro.
O governo indicou que um acordo final será apresentado até o final da próxima semana, mas ainda precisa da aprovação do juiz O’Connor. As ações da Boeing apresentaram uma leve queda de menos de 1% após o anúncio do acordo.
Contexto Legal
O caso da Boeing teve várias reviravoltas. Em 2021, a empresa chegou a um acordo com o Departamento de Justiça para adiar acusações sobre engano aos reguladores. No entanto, um incidente em 2024, quando um plugue do tamanho de uma porta explodiu de um 737 Max em voo, levou a novas investigações e à recomendação de uma acusação criminal.
O governo alegou que a Boeing violou o acordo anterior, o que resultou em uma nova proposta de declaração de culpa e instalação de um monitor corporativo independente. Contudo, essa proposta foi rejeitada pelo juiz O’Connor, que expressou preocupações sobre a seleção do monitor. A situação culminou na determinação de que a Boeing fosse a julgamento em junho, um dia após a notícia de que a empresa buscava evitar uma acusação criminal.
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