Política

Defesa de Anderson Torres nega envolvimento em golpe e testemunhas confirmam ausência de direcionamento político

Testemunhas de defesa de Anderson Torres negam policiamento direcionado nas eleições de 2022 e revelam desconforto do ex ministro em live com Bolsonaro.

Foto: Reprodução

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BRASÍLIA – O ex-ministro da Justiça Anderson Torres é réu em uma ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, relacionada aos eventos das eleições de 2022 e ataques às urnas eletrônicas. Durante os depoimentos no Supremo Tribunal Federal (STF), testemunhas de defesa afirmaram que não houve “policiamento direcionado” nas eleições e que Torres sentiu desconforto ao ser convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para uma live com ataques às urnas.

As declarações foram feitas em audiência no dia 27 de maio, onde cinco das onze testemunhas ouvidas negaram qualquer teor político na reunião de 19 de outubro de 2022, que discutiu o policiamento no segundo turno das eleições. Entre os depoentes estavam ex-diretores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, que afirmaram que a reunião tratou apenas de procedimentos operacionais.

Testemunhas e Polêmica
O ex-secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Braulio do Carmo Vieira, destacou que Torres se sentiu “desconfortável” por não ter conhecimento técnico sobre o sistema eleitoral durante a live de 2021, onde Bolsonaro fez ataques sem provas às urnas. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou a credibilidade de uma das testemunhas, Djairlon Henrique Moura, que foi indiciado em um inquérito sobre blitze.

O general Gustavo Dutra, convocado como testemunha de defesa, não compareceu à audiência. O advogado de Torres informou que tentará remarcar o depoimento. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, tem conduzido as audiências, que devem continuar até o dia 2 de junho, com um total de oitenta e duas testemunhas previstas.

Repreensões e Declarações
Durante a audiência, Moraes reprimiu uma testemunha que desviou do foco dos fatos. O ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça, Antonio Ramiro Lorenzo, afirmou que nunca houve discussão sobre golpe nas reuniões em que participou. Moraes interrompeu Lorenzo, pedindo que se mantivesse nos fatos relevantes para a Corte.

A ação penal envolve outros réus, incluindo Jair Bolsonaro e altos oficiais militares, e investiga a organização criminosa que teria atuado para tentar manter Bolsonaro no poder após as eleições. A Procuradoria-Geral da República considera a live de Bolsonaro como um marco inicial dessa atuação.

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