28 de mai 2025
Juiz considera inconstitucional a deportação de ativista pró-Palestina nos EUA
Juiz considera inconstitucional a deportação de Mahmoud Khalil, mas mantém sua detenção na Louisiana, levantando questões sobre liberdade de expressão.
Mahmoud Khalil (centro, com megafone) durante protesto no campus da Universidade Columbia, em Nova York, dias após o ataque do Hamas contra Israel. (Foto: Mukta Joshi - 13.out.23/Getty Images via AFP)
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O juiz federal dos Estados Unidos, Michael Farbiarz, declarou nesta quarta-feira (28) que a tentativa do governo Trump de deportar o estudante da Universidade Columbia, Mahmoud Khalil, é inconstitucional. Khalil, que é ativista pró-Palestina, foi detido em março de 2023 e atualmente se encontra em um centro de imigração na Louisiana.
A detenção de Khalil ocorreu após o Departamento de Estado revogar seu green card, utilizando uma disposição da lei de imigração que permite a deportação de não cidadãos considerados adversos aos interesses da política externa americana. O juiz Farbiarz reconheceu que Khalil provavelmente terá sucesso em sua defesa, mas não o liberou, citando falhas na argumentação de seus advogados.
Khalil é o primeiro estudante estrangeiro conhecido a ser preso sob a política de deportação do governo Trump, que visa estudantes que participaram de protestos pró-Palestina após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023. Grupos de direitos civis afirmam que a detenção é uma retaliação por suas críticas à campanha militar israelense em Gaza.
O ativista, que nasceu em um campo de refugiados na Síria, entrou nos EUA com visto de estudante em 2022 e se tornou residente permanente após casar-se com uma cidadã americana. Seus apoiadores argumentam que a detenção viola o direito à liberdade de expressão garantido pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
Desdobramentos Legais
Recentemente, outros juízes federais ordenaram a libertação de estudantes palestinos detidos, como Mohsen Mahdawi, da Universidade Columbia, e Rumeysa Ozturk, da Universidade Tufts. Na última quinta-feira (22), o juiz Jeffrey White impediu o governo de cancelar vistos de estudantes estrangeiros, afirmando que as ações do governo causam "caos" na vida dos estudantes e suas famílias.
O governo Trump, por meio do secretário de Estado Marco Rubio, justificou a deportação de Khalil e outros, citando "consequências adversas potenciais para a política externa dos Estados Unidos". O juiz Farbiarz criticou essa abordagem, indicando que pode levar a uma "aplicação arbitrária" da lei.
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