Brasil intensifica vigilância contra espionagem russa após descoberta de agentes no país

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) identificou um espião russo, Serguei Chumilov, que atuava no Brasil. Ele tentava cooptar informantes e deixou o país após ser descoberto. A situação levanta preocupações sobre a segurança de dados sensíveis.

Recentemente, o "The New York Times" revelou a presença de pelo menos nove agentes russos no Brasil, o que é considerado comum entre profissionais de contrainteligência. A Abin se dedica a identificar e deter esses espiões, focando tanto em diplomatas estrangeiros quanto em funcionários do governo que podem ser menos cautelosos com informações sigilosas.

O Brasil, que assumiu a presidência do Brics e sediará a COP30 em Belém, se tornou um alvo atrativo para atividades de espionagem. A Abin trabalha para prevenir ações de sabotagem e espionagem, conhecidas como “inteligência adversa”. Em 2023, Chumilov foi um dos alvos da agência, que frequentemente se reúne com autoridades para alertá-las sobre possíveis espiões.

Métodos de Espionagem

Os espiões utilizam diversas técnicas, incluindo a criação de identidades falsas. Um exemplo é Sergey Cherkasov, que se passou por um estudante carioca e está preso desde 2022. Ele foi detido após ser admitido em um estágio no Tribunal Penal Internacional, em Haia.

Além disso, a Abin está atenta ao uso de ferramentas de extração de dados sensíveis, que podem comprometer a segurança nacional. A agência possui um grupo específico para verificar a integridade interna e prevenir infiltrações em suas operações. A preocupação com a segurança de dados tem aumentado, especialmente em um cenário global de espionagem crescente.