06 de jun 2025
Artista de Londres é condenado por vender obras a colecionador sancionado pelos EUA
Negociante de arte em Londres é condenado a dois anos e meio de prisão por não declarar vendas a colecionador sancionado por financiar o Hezbollah.
Art dealer Oghenochuko Ojiri se declarou culpado de oito ofensas sob a seção 21A da Lei de Terrorismo de 2000 em 9 de maio. (Foto: Ben Whitley/PA Images via Getty Images)
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Um negociante de arte em Londres, Oghenochuko Ojiri, foi condenado a dois anos e seis meses de prisão por não declarar a venda de obras a um colecionador sancionado pelos Estados Unidos desde dois mil e dezenove por financiar o Hezbollah. A sentença foi proferida no Central Criminal Court da Inglaterra e País de Gales, após Ojiri se declarar culpado de oito acusações relacionadas ao financiamento de terrorismo.
Durante o julgamento, o juiz Cheema-Grubb destacou que Ojiri tinha conhecimento das sanções contra Nazem Ahmad, o colecionador em questão. “Esses delitos são tão graves que apenas uma pena de prisão pode ser justificada”, afirmou o juiz. Embora não houvesse evidências de que Ojiri apoiava extremismo, sua conduta prejudicou a detecção de financiamento terrorista.
A investigação foi conduzida pela National Terrorist Financial Investigation Unit (NTFIU), em colaboração com o Office of Financial Sanctions Implementation (OFSI) e outras agências. O advogado de defesa, Gavin Irwin, declarou que Ojiri se sentia humilhado pela perda de sua reputação e pediu desculpas por minar a confiança no mercado de arte.
Motivações e Evidências
Ojiri, que possui uma galeria em East London e já atuou como especialista em arte em programas da BBC, foi motivado financeiramente e pela intenção de elevar a reputação de sua galeria ao negociar com um colecionador renomado. Apesar de afirmar não ter razões para acreditar que Ahmad era um terrorista, evidências coletadas mostraram que Ojiri pesquisou sobre o colecionador e sabia das sanções impostas a ele.
Além disso, mensagens e contatos em seu telefone indicaram que ele estava ciente da identidade de Ahmad, que também foi sancionado em dois mil e vinte e três por violar sanções dos EUA. As autoridades afirmaram que as acusações contra Ojiri visam enviar uma mensagem clara ao setor de arte sobre a importância da devida diligência em transações financeiras.
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