06 de jun 2025
Ativistas da Amazônia lutam contra a queima de gás e exigem justiça climática
Nove jovens ativistas desafiam a indústria petrolera no Equador, mas a luta por justiça climática e direitos humanos ainda não avança.
Queima de gás em uma exploração petrolera de Petroecuador na selva amazônica do Equador. (Foto: Francois ANCELLET (Gamma-Rapho via Getty Images))
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A exploração petrolera na Amazônia equatoriana continua a causar sérios danos ambientais e sociais. Nove jovens ativistas, apoiadas pela União de Atingidos pelas Operações Petroleras de Texaco (UDAPT), conquistaram uma sentença histórica em 2021, reconhecendo a violação de direitos humanos devido à queima de gás em mecheros. No entanto, a implementação dessa decisão ainda não avançou.
As chamas dos mecheros, que queimam gás natural, não apenas desperdiçam um recurso não renovável, mas também poluem o ar e ameaçam a saúde das comunidades locais. A prática agrava a crise climática, contribuindo para emissões significativas de gases de efeito estufa, como o metano. O Banco Mundial aponta que o Equador está entre os trinta países que mais utilizam essa técnica, perpetuando um modelo econômico dependente de combustíveis fósseis.
Apesar da sentença judicial que ordena a eliminação gradual dos mecheros, sua operação persiste, especialmente nas proximidades de áreas habitadas. As ativistas, que se referem aos mecheros como "monstros de fogo", continuam a lutar contra essa injustiça. A situação reflete a marginalização e o racismo ambiental, onde comunidades racializadas sofrem desproporcionalmente os impactos negativos da indústria petrolera.
O governo equatoriano, sob a liderança do presidente Daniel Noboa, enfrenta pressão para cumprir a decisão judicial e dialogar com os povos indígenas. A urgência é clara: a luta por justiça climática é também uma luta pelos direitos humanos. As jovens ativistas exigem ações concretas e um cronograma para a eliminação dos mecheros, começando pelos que afetam diretamente suas comunidades.
Com o aumento das temperaturas globais e a intensificação dos desastres climáticos, a necessidade de ação imediata se torna ainda mais premente. A resistência dessas jovens é um lembrete de que um futuro melhor é possível, mas requer compromisso coletivo de governos, empresas e cidadãos.
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