PUC-SP suspende estudantes por racismo e implementa medidas educativas e preventivas

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) anunciou a suspensão de trinta dias de estudantes do curso de Direito envolvidos em um caso de racismo contra alunos cotistas da Universidade de São Paulo (USP). O incidente ocorreu durante um evento esportivo em novembro do ano passado e ganhou notoriedade nas redes sociais.

A suspensão terá início em primeiro de agosto e foi determinada pelo Núcleo de Mediação e Justiça Restaurativa (NMJR) da PUC-SP. Além da suspensão, os alunos deverão participar de cursos sobre igualdade racial, justiça social e direitos humanos por um ano. A universidade também implementará um Código de Conduta específico para eventos estudantis e esportivos.

As ofensas racistas foram proferidas por integrantes da Torcida da Atlética 22 de Agosto durante uma partida de handebol entre as universidades. A co-deputada estadual Letícia Chagas, junto com a deputada federal Sâmia Bomfim e a vereadora Luana Alves, denunciou o caso ao Ministério Público, pedindo a abertura de um inquérito. A denúncia destaca que as ofensas vão além da rivalidade esportiva, configurando discriminação.

Em uma nota conjunta, as diretorias das faculdades de Direito da USP e da PUC-SP afirmaram que as manifestações são absolutamente inadmissíveis. As instituições se comprometeram a investigar rigorosamente o caso e a responsabilizar os envolvidos de forma justa. A PUC-SP também lamentou o ocorrido e reiterou seu compromisso com a inclusão social e racial, destacando programas de bolsas e a inclusão de letramento racial na formação de docentes.