Xan López defende pragmatismo e transformação do capitalismo para enfrentar crise climática

Xan López, em seu ensaio "El fin de la paciencia", defende que a crise climática exige um pragmatismo radical. O autor critica a abordagem tradicional da esquerda, que propõe a abolição do capitalismo como solução. Segundo ele, essa visão ignora a urgência da situação.

López destaca que a crise climática é uma ameaça significativa em um momento de fraqueza política. Ele argumenta que, para enfrentar a crise, é necessário intervir no capitalismo existente e realizar transformações imediatas. O autor afirma que, em cinco ou seis anos, as emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas pela metade, e a neutralidade climática deve ser alcançada até dois mil e cinquenta.

O autor questiona a ideia de que apenas cem empresas são responsáveis por setenta e um por cento das emissões. Ele explica que essa leitura é simplista e que as emissões devem ser analisadas em diferentes alcances. A maioria das emissões vem do uso de combustíveis fósseis por diversas indústrias e consumidores.

Crítica ao Ativismo Climático

López também critica o ativismo climático que se baseia em alertas científicos. Embora esses alertas tenham ajudado a conscientizar a população, ele acredita que são insuficientes. Para ele, é necessário um movimento político organizado e ambicioso para promover mudanças efetivas.

Ele propõe um utopismo pragmático, que envolve experimentar novas abordagens políticas, mesmo que isso signifique alianças com interesses conflitantes. O autor cita as energias renováveis como um exemplo de solução viável, ressaltando que elas já estão contribuindo para a redução das emissões em várias regiões.

Por fim, López enfatiza a importância da militância política em tempos de ceticismo. Ele acredita que a participação ativa na sociedade é crucial para enfrentar a crise climática e promover mudanças significativas.