07 de jun 2025
General Augusto Heleno é réu em processo por tentativa de golpe em 2022
Militares de alta patente defendem Augusto Heleno, mas documentos revelam sua participação em ações criminosas contra o sistema eleitoral.
Foto: Reprodução
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O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes relacionados a uma tentativa de golpe em 2022. Ele enfrenta as mesmas acusações que o ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo abolição violenta do Estado democrático e organização criminosa, com penas que podem ultrapassar quarenta anos de prisão.
Militares de alta patente defendem que Heleno estava afastado das negociações durante o governo Bolsonaro. Um general do Alto Comando afirmou que ele "não comparecia a nada" e "não era consultado". No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que o ex-ministro do GSI esteve envolvido em ações criminosas, como a disseminação de mensagens falsas sobre o sistema eleitoral.
Durante as investigações, a Polícia Federal encontrou uma agenda na residência de Heleno com manuscritos que criticam a urna eletrônica e sugerem planos para desobedecer decisões judiciais. A defesa de Heleno argumenta que ele poderia estar apenas anotando informações durante reuniões, sem intenção de planejar ações ilegais.
Documentos Comprometedores
A PGR também destacou um documento assinado pelo GSI, intitulado Gabinete Institucional de Gestão de Crise, que poderia servir como assessoramento a Bolsonaro após um possível golpe. Nesse contexto, Heleno é mencionado como chefe do Gabinete de Crise. Em uma reunião ministerial em julho de 2022, ele afirmou que "qualquer solução teria de ser encontrada antes do pleito de 2022", sugerindo que ações deveriam ser tomadas antes das eleições.
A atual cúpula do Exército, composta por militares que enfrentaram críticas de aliados de Bolsonaro, defende o general, ressaltando sua história nas Forças Armadas. Heleno é considerado um militar de destaque, especialmente por sua atuação como chefe da Força de Paz das Nações Unidas no Haiti, embora sua gestão tenha gerado controvérsias.
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