13 de jun 2025




Polícia Federal prende ex-ministro Gilson Machado por obstrução de Justiça em Pernambuco
Gilson Machado, ex ministro do Turismo, foi preso em Recife por suspeita de facilitar a fuga de Mauro Cid, ex assessor de Bolsonaro.
Bolsonaro e o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (Foto: Reprodução)
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A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira, Gilson Machado, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, em Recife. A detenção ocorre em meio a investigações sobre a tentativa de emissão de um passaporte português para Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro, com o intuito de facilitar sua saída do Brasil.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a PF solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma investigação sobre o caso. A PGR considera que a ação de Machado pode configurar obstrução de justiça, uma vez que Cid é réu em um processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Machado admitiu ter contatado o Consulado de Portugal, mas alegou que o motivo era uma questão familiar. No entanto, a PF interpreta essa ação como uma possível tentativa de interferir nas investigações em curso. A defesa de Machado nega as acusações, afirmando que ele buscava apenas renovar o passaporte de seu pai.
Contexto das Investigações
A prisão de Machado é um desdobramento das investigações sobre a trama golpista que resultou em ações judiciais contra Cid e outros 29 réus, incluindo Bolsonaro. A PGR afirma que há indícios de que Machado buscou facilitar a evasão de Cid do país, o que poderia prejudicar o andamento da Ação Penal n. 2.688/DF.
Além disso, a detenção de Machado se insere em um contexto mais amplo de investigações que já resultaram na prisão de outros ex-integrantes do governo, como Braga Netto e Anderson Torres. A situação revela um panorama complexo de corrupção e tentativas de obstrução da justiça envolvendo figuras proeminentes do governo anterior.
Machado, que também é músico e empresário, já havia tentado se candidatar ao Senado após o fim do mandato de Bolsonaro, mas não obteve sucesso. Recentemente, ele esteve ativo em campanhas de arrecadação de recursos para o ex-presidente, levantando R$ 1 milhão, embora Bolsonaro tenha negado conhecimento sobre a campanha.
A prisão de Gilson Machado levanta questões sobre o envolvimento de figuras próximas a Bolsonaro em possíveis irregularidades e pode impactar a imagem do ex-presidente em um momento delicado para a política brasileira.
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