17 de jun 2025

MP arquiva inquérito sobre suposta lavagem de dinheiro na operação Bola de Neve
Ministério Público e Polícia Civil encerram investigação sobre Igreja Bola de Neve, sem provas de irregularidades na gestão financeira.
Apóstolo Rina, fundador da Igreja Bola de Neve, e Denise Seixas (Foto: Reprodução/Instagram)
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O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e a Polícia Civil solicitaram o arquivamento do inquérito que investigava possíveis irregularidades na gestão da Igreja Evangélica Bola de Neve. A apuração teve início após uma denúncia feita pela pastora Denise Seixas, viúva do fundador da igreja, sobre contratos suspeitos com empresas ligadas ao diretor financeiro Everton Ribeiro.
A denúncia, apresentada em fevereiro, questionava contratos da igreja com a SIAF Solutions, a Filhos do Rei Serviços de Conservação e a Green Grid Energy. No entanto, o MP e a Polícia Civil concluíram que não havia indícios suficientes de ilícitos. O promotor Cláudio Cavallini, da 26ª Promotoria de Justiça Criminal, afirmou que a contratação de empresas de parentes não é, por si só, uma conduta criminosa.
Detalhes da Investigação
O relatório final da Polícia Civil, assinado pela delegada Júnia Cristina Leme Macedo, não encontrou evidências de superfaturamento ou desvio de recursos. Everton Ribeiro, em depoimento, explicou que a SIAF Solutions presta serviços à igreja há mais de dez anos e negou qualquer cobrança indevida. A Green Grid Energy, segundo Ribeiro, ainda não iniciou suas atividades na igreja.
A empresa Filhos do Rei, de sua irmã Kelly Cristina Ribeiro Bettio, foi contratada após concorrência com outras prestadoras. Kelly confirmou que a empresa presta serviços de portaria desde 2014, com todos os contratos firmados legalmente. O parecer do MP destacou que insatisfações sobre a gestão financeira devem ser tratadas internamente ou, se necessário, na esfera cível.
O advogado Aristides Zacarelli Neto, que representa a igreja, afirmou que a decisão do MP atesta a idoneidade do apóstolo Rinaldo Seixas, que presidia a Bola de Neve na época dos contratos investigados e faleceu em novembro de 2024. Ele também mencionou que alguns documentos da denúncia estavam duplicados, o que poderia ter gerado interpretações errôneas.
O UOL tentou contato com Denise Seixas, que ainda não se manifestou sobre o arquivamento do caso. Em caso de resposta, o texto será atualizado.
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