17 de jun 2025

“Valor de R$ 150 mil é considerado alto por envolvidos em investigação”
Ligiane Marinho de Ávila é acusada de desviar R$ 5 milhões da Unicamp, enquanto pesquisadores enfrentam cobranças da Fapesp por valores irregulares.
Ligiane durante uma participação em podcast sobre turismo, no qual ela falou sobre as "muitas, muitas" compras em viagem a Las Vegas (Foto: Reprodução/YouTube)
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Ligiane Marinho de Ávila, ex-funcionária da Unicamp, é acusada de desviar mais de 5 milhões de reais do Instituto de Biologia entre 2017 e 2024. A denúncia formalizada pelo Ministério Público revela que ela utilizou sua empresa, Becom, para emitir notas fiscais fraudulentas. Ligiane está foragida fora do país.
Durante uma audiência online em 10 de março de 2025, Ligiane admitiu ter uma "parcela de culpa" no desvio, afirmando que, no máximo, embolsou 150 mil reais. A acusação, no entanto, aponta que ela desviou 4.265.443,97 reais por meio de movimentações em contas bancárias. A Fapesp, responsável pelo financiamento de projetos de pesquisa, agora cobra os pesquisadores envolvidos, alegando que eles contribuíram para os desvios ao permitir acesso indevido às contas.
Os pesquisadores da Unicamp, que confiaram na gestão de Ligiane, enfrentam um pesadelo administrativo. O professor emérito Carlos Alfredo Joly relatou que, após receber um e-mail sobre inconsistências nas contas, percebeu a gravidade da situação. Ele e outros docentes estão sendo cobrados pela Fapesp, com valores que chegam a 699.356,56 reais no caso de Joly.
A situação gerou um clima de insegurança e desconfiança entre os pesquisadores, que se sentem abandonados pela universidade. A reitoria da Unicamp, sob nova direção, anunciou uma sindicância interna para investigar as irregularidades. Enquanto isso, os docentes tentam manter seus projetos de pesquisa em andamento, enfrentando bloqueios de repasses financeiros e a pressão de devolver valores que não receberam.
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