Política

Justiça processa presidente da Jac Motors Brasil por declarações sobre PCDs

Sergio Habib, presidente da Jac Motors Brasil, se torna réu por discriminação contra PCDs após declarações polêmicas em podcast.

Sergio Habib - Executivo da JAC Motors (Foto: JAC MOTORS/DIVULGAÇÃO/JC)

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A Justiça de São Paulo tornou Sergio Habib, presidente da Jac Motors Brasil, réu por discriminação contra pessoas com deficiência (PCDs). A decisão foi proferida pela 5ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda em 6 de junho de 2024, após denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

A denúncia se baseia em declarações feitas por Habib durante uma entrevista ao podcast PrimoCast, em maio de 2024. Na ocasião, o empresário criticou as isenções fiscais para PCDs, sugerindo que a eliminação desses benefícios poderia reduzir os preços dos veículos em até 5%. Habib afirmou que "acaba com deficiente físico e você baixa o preço dos carros em 5%". Essas falas foram interpretadas como uma promoção de discriminação contra pessoas com deficiência.

Ação do Ministério Público

A promotora Natália Rosalem Cardoso, do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi), argumenta que as declarações de Habib configuram crime previsto na legislação penal. O MP-SP também solicitou uma indenização por danos morais coletivos no valor de 20 salários mínimos. A Justiça deu um prazo de 10 dias para que o empresário apresente sua defesa após a citação formal.

Defesa de Habib

A Jac Motors Brasil se manifestou, afirmando que as declarações de Habib foram tiradas de contexto. A empresa esclareceu que a frase "acaba com o deficiente físico" referia-se à extinção da categoria tributária de veículos PCD, e não às pessoas com deficiência. Além disso, a defesa mencionou um arquivamento anterior de um inquérito similar no Rio de Janeiro, que não considerou as falas como práticas criminosas, entendendo que se referiam a questões tributárias.

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