24 de jun 2025

Homem condenado a pagar US$ 500 mil à viúva de policial após tragédia de 6/1
Quiropraxista é condenado a pagar US$ 500 mil à família de policial que se suicidou após a invasão do Capitólio em 2021.

O então presidente dos EUA Joe Biden entrega homenagem póstuma a Erin Smith em nome de seu falecido marido, o policial Jeffrey Smith, no aniversário de dois anos da invasão (Foto: Kevin Lamarque/6.jan.23/Reuters)
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Um júri federal dos Estados Unidos decidiu, nesta segunda-feira (23), que o quiropraxista David Walls-Kaufman deve pagar US$ 500 mil à viúva e herdeiros do policial Jeffrey Smith, que se suicidou nove dias após defender o Capitólio durante a invasão de 6 de janeiro de 2021. Walls-Kaufman, de 69 anos, foi condenado a US$ 380 mil em danos punitivos e US$ 60 mil em danos compensatórios.
A juíza Ana Reyes, que presidiu o julgamento, já havia rejeitado a acusação de homicídio culposo contra Walls-Kaufman. Ela argumentou que não seria razoável considerar que suas ações poderiam ter causado uma lesão cerebral que resultasse no suicídio do policial. O réu negou ter agredido Smith, afirmando que os ferimentos ocorreram quando outro invasor atingiu o policial com uma barra de metal.
Após a deliberação, os jurados concluíram que Walls-Kaufman foi responsável pela agressão. A cena do ataque foi registrada por uma câmera corporal de Smith. O advogado da viúva, David P. Weber, declarou que Erin Smith está grata por receber uma medida de justiça.
Detalhes do Julgamento
Walls-Kaufman classificou a decisão como "absolutamente ridícula", afirmando que nunca teve a intenção de agredir o policial. A juíza sugeriu que as partes considerassem um acordo para evitar custos adicionais com recursos judiciais. O advogado de Walls-Kaufman, Hughie Hunt, considerou o valor da indenização chocante, destacando que o evento durou apenas três segundos.
Jeffrey Smith cometeu suicídio com sua arma de serviço ao retornar ao trabalho após o ataque. A família afirmou que ele não tinha histórico de problemas mentais antes do incidente. Erin Smith alega que o marido sofreu uma concussão e trauma psicológico após ser atingido na cabeça durante o confronto.
O Departamento de Polícia havia liberado Smith para retomar suas funções, mas um conselho de aposentadoria concluiu que sua lesão foi a "única e direta causa" de sua morte. Walls-Kaufman já havia sido condenado a 60 dias de prisão por um delito relacionado à invasão, mas foi perdoado posteriormente. Erin Smith ainda busca incluir o nome do marido no Memorial Nacional das Forças Policiais como morte em serviço.
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