Ministro Dias Toffoli, durante sessão do STF (Foto: Rosinei Coutinho/STF/19-02-2025)

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Toffoli mantém Rio no Regime de Recuperação Fiscal até o final do ano - Toffoli mantém Rio no Regime de Recuperação Fiscal até o final do ano

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decidiu prorrogar a permanência do Estado do Rio de Janeiro no Regime de Recuperação Fiscal até o final deste ano. A medida foi tomada em resposta ao pedido do estado, que enfrenta dificuldades financeiras significativas e sanções impostas pela União por suposto descumprimento do acordo de quitação da dívida.

A prorrogação mantém a proteção ao estado enquanto o Legislativo analisa o Veto nº 5/2025, que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Toffoli ressaltou que as razões que justificaram a suspensão das punições em dezembro do ano passado ainda persistem. A decisão também suspendeu um aumento de 30 pontos percentuais no serviço da dívida do estado com a União, que havia sido imposto como sanção.

O estado do Rio de Janeiro, que já acumula uma dívida pública de R$ 224 bilhões, viu sua situação se agravar nos últimos anos. Em 2023, a dívida cresceu de R$ 177 bilhões para R$ 192 bilhões. A liminar de Toffoli é considerada um alívio temporário, mas especialistas alertam que não resolve a crise financeira. O governador Cláudio Castro comemorou a decisão, destacando a importância para o equilíbrio das contas públicas.

Desafios e Oportunidades

A prorrogação do regime oferece uma oportunidade para o estado renegociar sua adesão ao novo programa federal de refinanciamento. No entanto, economistas como André Luiz Marques e Bruno Sobral afirmam que o Rio precisa de reformas estruturais para enfrentar a crise. O deputado André Corrêa sugere uma revisão dos incentivos fiscais, que representam uma renúncia de R$ 22 bilhões anuais.

Apesar do cenário desafiador, o Palácio Guanabara anunciou um superávit orçamentário de R$ 6,5 bilhões nos primeiros quatro meses de 2024, um aumento em relação aos R$ 2,2 bilhões do mesmo período do ano anterior. Esse resultado é atribuído ao aumento da alíquota do ICMS, que passou de 18% para 20%. A arrecadação com o imposto também cresceu, subindo de R$ 16 bilhões para R$ 18,6 bilhões.

A situação financeira do Rio continua a exigir atenção e ações efetivas para evitar um colapso nas contas públicas, enquanto o estado navega por um cenário de dívidas crescentes e necessidade de reformas estruturais.

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