01 de jul 2025


Polícia turca prende quatro cartunistas após charge do profeta Maomé gerar protestos
Quatro cartoonistas foram presos na Turquia após controvérsia sobre cartoon que gerou protestos e exigências por lei sharia.

Foto: Reprodução
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Um cartoon publicado pela revista turca LeMan gerou grande controvérsia, resultando na prisão de quatro cartoonistas. As detenções ocorreram na segunda-feira, após a ilustração ser considerada uma ofensa religiosa, supostamente retratando o Profeta Mohammed e Moisés. O desenho, que mostra dois homens alados se cumprimentando enquanto bombas caem ao fundo, viralizou nas redes sociais quatro dias após sua publicação.
Protestos em Istambul se intensificaram, com manifestantes exigindo a aplicação da lei sharia e clamando por justiça. O ministro do Interior, Ali Yerlikaya, classificou a caricatura como uma provocação e afirmou que os responsáveis seriam punidos. Ele destacou que a liberdade de expressão não se aplica a ofensas religiosas. O governo turco iniciou uma investigação sob o Artigo 216 do Código Penal, que trata do insulto a valores religiosos.
A revista LeMan defendeu sua obra, afirmando que o cartoon não se referia ao Profeta Mohammed, mas a um muçulmano fictício que teria sido morto em bombardeios. A publicação enfatizou que a intenção era destacar a opressão do povo muçulmano, e não ofender crenças religiosas. Apesar disso, a revista pediu desculpas a quem se sentiu ofendido, mas rejeitou a interpretação negativa do cartoon.
As tensões aumentaram com vídeos mostrando a detenção dos cartoonistas em suas casas, gerando mais indignação entre os manifestantes. A sede da LeMan foi vandalizada, e um bar frequentado por seus profissionais também sofreu ataques. O governador de Istambul, Davut Gul, confirmou que todos os procurados estavam sob custódia, mas não informou sobre possíveis detenções de manifestantes. Grupos convocaram novas manifestações para os próximos dias, enquanto o caso continua a se desenvolver.
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