02 de jul 2025

Avaliações sobre Papa Leão XIV em casos de abuso sexual geram polêmica e divisões
Papa Leão XIV enfrenta críticas por não investigar alegações de abuso no Peru, enquanto um padre acusado continua atuando.

Em frente à catedral de Chiclayo, em maio, as pessoas comemoraram o anúncio da eleição do bispo Prevost (Foto: The New York Times)
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O Papa Leão XIV, anteriormente conhecido como bispo Robert Prevost, enfrenta críticas por sua gestão de casos de abuso sexual no Peru, apesar de ter sido elogiado por seu apoio a vítimas de um grupo católico controverso. Recentemente, três mulheres acusaram Prevost de não investigar adequadamente suas alegações de abuso por padres, enquanto um dos acusados continuou a exercer funções clericais durante a investigação.
As acusações surgem em um contexto de contradições. Prevost foi reconhecido por seu trabalho em prol das vítimas de abuso sexual, especialmente em relação ao Sodalitium Christianae Vitae, um movimento católico que recrutava crianças de famílias influentes. No entanto, as mulheres alegam que o bispo não tomou as medidas necessárias em seus casos, levando a uma investigação considerada superficial.
Na cidade de Chiclayo, onde Prevost liderava a diocese, as mulheres relataram que um padre, o Rev. Eleuterio Vásquez, continuou a celebrar missas publicamente, mesmo após uma ordem da igreja que proibia sua atuação durante a investigação. Imagens nas redes sociais mostraram o padre em funções clericais, levantando sérias preocupações sobre a proteção das vítimas.
O Vaticano defendeu Prevost, afirmando que ele seguiu os protocolos da igreja ao conduzir uma investigação inicial e enviar suas descobertas a Roma. No entanto, as vítimas e seus advogados contestam essa afirmação, alegando que a investigação foi encerrada rapidamente e sem a devida atenção. As diretrizes do Vaticano desencorajam a transferência de padres acusados durante investigações, mas a prática parece ter sido ignorada em Chiclayo.
A situação é complexa. Enquanto algumas vítimas reconhecem os esforços de Prevost em casos anteriores, outras expressam desconfiança em sua capacidade de lidar com abusos clericais. O caso destaca a necessidade urgente de reformas na abordagem da Igreja em relação a abusos sexuais, com ativistas clamando por uma política de tolerância zero e supervisão independente dos bispos. As alegações contra Prevost e a resposta do Vaticano continuam a gerar debate e preocupação entre defensores dos direitos das vítimas.
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