02 de jul 2025




Defesa de Zambelli pede depoimento de hacker antes de decisão sobre mandato
Defesa de Carla Zambelli pede que hacker Walter Delgatti seja ouvido em processo de cassação, enquanto PL busca apoio para a deputada.

Deputada Federal Carla Zambelli no Congresso Nacional (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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A defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) protocolou um pedido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para que o hacker Walter Delgatti seja ouvido no processo de cassação de seu mandato. Zambelli, que está foragida na Itália, foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento em invasões ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O advogado Fábio Pagnozzi argumentou que Delgatti, considerado pela Polícia Federal um "mentiroso contumaz", deve ser ouvido para esclarecer contradições nas acusações contra a deputada. A solicitação ainda aguarda análise do colegiado, presidido pelo deputado Paulo Azi (União-BA). O relator do caso, Diego Garcia (Republicanos-PR), ainda não apresentou seu parecer.
Apoio do PL
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), reafirmou o apoio à deputada, chamando-a de "soldada ferida". Apesar disso, a ausência de manifestações públicas do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, e do ex-presidente Jair Bolsonaro levanta dúvidas sobre o respaldo real à parlamentar. Cavalcante declarou que o partido buscará apoio de outros deputados para evitar a perda do mandato de Zambelli.
A deputada pediu licença de 127 dias do mandato, aprovada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A expectativa é que o processo de cassação avance antes do recesso parlamentar, marcado para 17 de julho. Se a CCJ aprovar a cassação, o caso seguirá para votação no plenário, onde são necessários 257 votos para a perda do mandato.
Consequências da Condenação
Zambelli foi condenada por sua participação em invasões ao CNJ, com o objetivo de adulterar documentos, incluindo a emissão falsa de mandados de prisão. O ministro Alexandre de Moraes, ao determinar a prisão preventiva da deputada, destacou que ela continua a atacar instituições brasileiras e o Estado Democrático de Direito. A situação da parlamentar permanece tensa, com desdobramentos que podem impactar não apenas seu futuro, mas também as relações institucionais no Brasil.
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