Ministro da polícia da África do Sul é acusado de vínculos com gangues criminosas

O Ministro da Polícia da África do Sul, Senzo Mchunu, enfrenta sérias acusações de envolvimento com gangues criminosas e de interferência em investigações de assassinatos políticos. As alegações foram apresentadas pelo chefe da polícia de KwaZulu-Natal, Nhlanhla Mkhwanazi, em uma coletiva de imprensa no último domingo. Mkhwanazi afirmou que Mchunu estaria recebendo apoio financeiro de figuras supostamente corruptas para financiar suas atividades políticas.

Em resposta, Mchunu negou as acusações, classificando-as como "alegações infundadas". O presidente Cyril Ramaphosa também se manifestou, destacando que as alegações são de "grave preocupação para a segurança nacional" e que estão recebendo "atenção máxima".

Detalhes da Acusação

Mkhwanazi detalhou uma série de eventos que, segundo ele, levaram à dissolução de uma força-tarefa criada em 2018 para investigar o assassinato de políticos em KwaZulu-Natal. Ele alegou que Mchunu desmantelou a equipe após ela começar a investigar "sindicatos de alto perfil", que incluiriam políticos, policiais, cartéis de drogas e empresários.

Além disso, Mkhwanazi confirmou que uma investigação criminal foi iniciada para apurar a possível infiltração de organizações criminosas nas forças de segurança. Ramaphosa pediu que todas as partes envolvidas mantenham a disciplina e a contenção, ressaltando que a troca de acusações pode minar a confiança pública e gerar confusão.

As investigações em andamento podem ter implicações significativas para a segurança pública na região e para a credibilidade do governo sul-africano.