Trump critica governo brasileiro e defende Bolsonaro contra perseguições políticas

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas à tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder. Em meio a esse cenário, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou apoio a Bolsonaro, acusando o governo brasileiro de promover uma “caça às bruxas” contra ele.

Na plataforma Truth Social, Trump afirmou que Bolsonaro é alvo de perseguição política “dia após dia” e que deveria ser julgado apenas pelo eleitorado em uma eleição. “O Brasil está fazendo uma coisa terrível em seu tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, escreveu Trump. O ex-presidente dos EUA prometeu “acompanhar de perto” o caso, destacando que o Brasil “não vai tolerar” a forma como Bolsonaro e sua família estão sendo tratados.

As declarações de Trump ocorrem em um momento crítico, com investigações em andamento que podem resultar em penas severas para Bolsonaro, incluindo mais de 40 anos de prisão. Ele é réu no STF e enfrenta acusações de organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. A situação gera intensos debates tanto no Brasil quanto internacionalmente, refletindo as tensões políticas atuais.

Bolsonaro, por sua vez, agradeceu a Trump pelo apoio e classificou o processo judicial como um “caça às bruxas”. Ele acredita que a intervenção do ex-presidente dos EUA pode acelerar sanções contra autoridades brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes. “Recebi com muita alegria a nota do Presidente Trump”, afirmou Bolsonaro, reforçando a conexão entre os dois ex-mandatários.

As manifestações de Trump provocaram reações de figuras políticas brasileiras, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a deputada Gleisi Hoffmann, que defenderam o STF e criticaram a influência externa nas questões internas do Brasil. A polarização do debate público continua, com Bolsonaro se posicionando como vítima de uma suposta perseguição política.