Mistérios cercam o caso de Julio César Chávez Jr. e suas implicações no boxe

Julio César Chávez Carrasco, filho do famoso boxeador mexicano, foi detido por problemas migratórios nos Estados Unidos, revelando uma ordem de aprehensão no México relacionada ao Cartel de Sinaloa. A detenção ocorre cerca de 100 dias após seu pai, Julio César Chávez, ter participado de uma conferência com a presidente Claudia Sheinbaum, onde promovia uma classe de boxe para combater as drogas.

A ordem de aprehensão contra Chávez Carrasco, que inclui acusações de delinquência organizada e tráfico de armas, foi emitida em 2023. O caso levanta questões sobre a colaboração entre as autoridades mexicanas e americanas, especialmente após o procurador-geral da República, Alejandro Gertz Manero, afirmar que os EUA tinham conhecimento da situação e não agiram. Ele destacou que a informação sobre a ordem de aprehensão estava disponível e que a responsabilidade pela detenção era dos Estados Unidos.

A relação entre a família Chávez e o Cartel de Sinaloa é complexa. Chávez Carrasco já reconheceu conhecer membros da família Guzmán, incluindo Ovidio Guzmán, filho de Joaquín "El Chapo" Guzmán. Em entrevistas, ele afirmou que mantém uma boa relação com Ovidio, embora negue envolvimento em atividades criminosas.

A detenção de Chávez Carrasco também expõe as tensões entre México e EUA, com o governo mexicano aguardando a audiência sobre sua deportação. A situação se complica ainda mais com a revelação de que o boxeador participou de uma luta em Anaheim, Califórnia, mesmo com a ordem de aprehensão pendente. As investigações, que datam de 2019, foram impulsionadas pelo governo americano, mas a família Chávez afirma não ter recebido notificações recentes sobre a situação legal de Julio César Carrasco.