Tensão geopolítica eleva preços do petróleo enquanto investidores analisam mercados financeiros

Os futuros dos Estados Unidos recuaram nesta quarta-feira, 21 de maio, enquanto o preço do petróleo subiu após a divulgação de informações de inteligência que indicam que Israel pode estar se preparando para um ataque às instalações nucleares do Irã. A CNN reportou que, embora não haja confirmação de uma decisão final por parte dos líderes israelenses, a possibilidade de um ataque aumentou nas últimas semanas.

O petróleo bruto Brent viu um aumento de até 1,9% em sua cotação. As tensões geopolíticas podem impactar os mercados financeiros, que já enfrentavam incertezas devido à ofensiva tarifária do governo dos Estados Unidos. Os investidores estão cautelosos, buscando sinais sobre a sustentabilidade dos ganhos recentes das ações, enquanto o Federal Reserve (Fed) aguarda uma visão mais clara da economia antes de considerar a redução das taxas de juros.

Joe Little, estrategista-chefe global do HSBC Asset Management, afirmou que a maioria dos investidores profissionais permanece cautelosa, dada a alta incerteza política e as perspectivas econômicas. O petróleo tem apresentado volatilidade, especialmente após a possibilidade de um ataque israelense, que poderia prejudicar as negociações nucleares entre os EUA e o Irã.

Impactos no Mercado

O dólar americano perdeu valor em relação a outras moedas, como o euro e o iene, que atingiram seus níveis mais altos em três semanas. Richard Franulovich, chefe de estratégia cambial do Westpac Banking, destacou que o dólar está perdendo seu status de ativo de reserva seguro.

Além disso, o presidente do Fed de St. Louis, Louis Alberto Musalem, comentou que as tarifas provavelmente afetarão a economia dos EUA e o mercado de trabalho. Ele indicou que o Fed pode buscar um equilíbrio entre a inflação e o emprego, desde que as expectativas de preços permaneçam ancoradas na meta de 2%.

Outros destaques do dia incluem a pressão sobre o banco suíço Julius Baer, que registrou perdas significativas, e a decisão da Toyota de descontinuar a versão a gasolina de seu modelo RAV4 nos Estados Unidos, focando em híbridos. A montadora japonesa observou que os veículos eletrificados representaram mais da metade das vendas no primeiro trimestre.