24 de fev 2025
Personal trainers desafiam padrões de beleza e enfrentam gordofobia no mercado fitness
Natália Mota, educadora física, enfrenta gordofobia em sua carreira de 20 anos. A pressão estética no setor fitness é intensificada pela crescente prática de exercícios. Bianca Martins e Cynthia Moraes também combatem preconceitos no ambiente fitness. Eduardo Netto, da Bodytech, defende que competência deve prevalecer sobre aparência. O foco na saúde mental é essencial, superando a obsessão pelo corpo ideal.
Natália 'rema contra a maré': corpo saudável, mas fora do que alunos esperam (Foto: Leo Martins)
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A educadora física carioca Natália Mota, com 40 anos e 20 de experiência, enfrenta desafios em sua carreira devido à gordofobia. Apesar de seu reconhecimento em academias do Rio, ela relata que, muitas vezes, é preterida por alunos que preferem profissionais com corpos considerados "ideais". Com 1,66m e 94 quilos, Natália reconhece que seu corpo não se encaixa nos padrões estéticos esperados, mas afirma que sua competência e saúde estão em dia.
A situação de Natália reflete um problema mais amplo enfrentado por profissionais de educação física, especialmente em um contexto onde a prática de exercícios tem aumentado. Dados do Ministério da Saúde mostram que a frequência de adultos que se exercitam por pelo menos 150 minutos por semana subiu de 30,3% em 2009 para 36,7% em 2021. A associação entre corpo magro e saúde é reforçada por debates nas redes sociais, mas especialistas, como o cirurgião José Afonso Sallet, destacam que a obesidade é uma doença crônica influenciada por fatores genéticos, e que a saúde não deve ser medida apenas pela aparência.
A personal trainer paulista Bianca Martins também vivenciou preconceito ao viralizar um vídeo de seu trabalho, recebendo comentários negativos nas redes sociais. Ela e a nutricionista Cynthia Moraes compartilham experiências de críticas, mas se dedicam a ajudar mulheres que se sentem intimidadas em academias, promovendo a importância da atividade física para a saúde e autonomia. Ambas enfatizam que o foco deve ser no bem-estar e não apenas na estética.
Eduardo Netto, diretor técnico da rede de academias Bodytech, defende que a avaliação de profissionais não deve se basear em seus corpos, mas sim em sua formação e competência. Ele ressalta que, embora a aparência tenha um impacto, é fundamental priorizar a saúde mental e os benefícios tangíveis da atividade física, que vão além da questão do peso.
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