07 de mar 2025
Cientistas buscam o segredo da longevidade em hábitos e genética na era moderna
O empresário Bryan Johnson investe 2 milhões de dólares anuais em anti envelhecimento. Pesquisas da USP analisam o genoma de superidosos para entender longevidade. Estudo revela que hábitos e condições sociais impactam mais que genética na saúde. Desigualdade social é um obstáculo significativo para a qualidade de vida na velhice. A população idosa cresce, mas doenças como Alzheimer e câncer continuam a aumentar.
RECEITA - Vida ativa: prática de exercícios ajuda, enquanto fatores como estresse e noites em claro encurtam o caminho. (Foto: Flashpop/Getty Images)
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O empresário americano Bryan Johnson, de 47 anos, busca uma fórmula para a longevidade, investindo 2 milhões de dólares por ano em procedimentos e suplementos para reverter seu corpo ao estado de um jovem de 18 anos. Essa busca por uma "fonte da juventude" não é nova; desde Alexandre, o Grande, a humanidade sonha em encontrar meios para prolongar a vida. Atualmente, pesquisas estão sendo realizadas para entender a relação entre hábitos, ambiente e genética na longevidade, com um foco crescente na vitalidade cerebral.
Na Universidade do Texas, um projeto financiado em 3,7 milhões de dólares visa decifrar os segredos da massa cinzenta ao envelhecer. No Brasil, a USP investiga o genoma de superidosos, questionando se a longevidade é resultado de sorte genética ou de hábitos saudáveis. Estima-se que os genes influenciam apenas 20% da expectativa de vida, enquanto o estilo de vida e condições sociais têm um papel mais significativo. Apesar do aumento na expectativa de vida, a qualidade de vida dos idosos é uma preocupação crescente, com muitos enfrentando doenças crônicas.
Um estudo da Clínica Mayo revela que, em média, as pessoas vivem dez anos a mais com incapacidades. O médico gerontólogo Alexandre Kalache destaca que a saúde é influenciada por fatores como moradia e estilo de vida. A epigenética mostra como o ambiente e comportamentos impactam a expressão genética, sugerindo que hábitos saudáveis podem melhorar a qualidade de vida, independentemente da genética. A USP está investigando centenários para identificar fatores que contribuem para a longevidade, com indícios de que uma atitude positiva e um estilo de vida equilibrado são cruciais.
Entretanto, a desigualdade social representa um obstáculo significativo para a saúde e longevidade. Kalache aponta que a alimentação saudável não é acessível a todos, e grupos marginalizados enfrentam expectativas de vida reduzidas. Com o aumento da população idosa, as doenças relacionadas à idade, como Alzheimer e câncer, se tornam mais prevalentes. A busca por uma vida longa e saudável depende de um esforço conjunto entre governo e sociedade para garantir que todos tenham acesso a condições que favoreçam a saúde e o bem-estar.
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