18 de mar 2025
Peixes na dieta infantil promovem comportamento mais amigável, revela pesquisa
Estudo da Universidade de Bristol revela ligação entre alimentação e comportamento infantil. Crianças que consomem peixes e mariscos apresentam melhor comportamento pró social. Pesquisa analisou dados de mais de 8.300 crianças, mostrando riscos elevados. Ingestão de ômega 3, presente em frutos do mar, influencia desenvolvimento cerebral. Alimentação não impactou pontuações de QI, mas melhorou sociabilidade nas crianças.
Salmão é rico em ômega-3 (Foto: Freepik)
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Pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, revelaram que a alimentação está intimamente ligada ao comportamento das crianças. Um estudo publicado na revista European Journal of Nutrition indica que crianças que consomem peixes e mariscos regularmente apresentam um comportamento pró-social mais positivo, ou seja, são mais inclinadas a ajudar e compartilhar com os outros. Essa sociabilidade, que se desenvolve na infância, está relacionada à empatia e à capacidade de se colocar no lugar do outro.
Os cientistas analisaram dados do Avon Longitudinal Study of Parents and Children (ALSPAC), que acompanhou quase 8.300 crianças aos sete anos e mais de 6.800 aos nove anos. Os resultados mostraram que crianças que não consumiram peixe aos sete anos têm um risco 35% maior de apresentar comportamentos pró-sociais negativos em comparação com aquelas que ingeriram pelo menos 190 gramas de frutos do mar por semana. Essa tendência se manteve aos nove anos, com um aumento de 43% na probabilidade de comportamentos negativos entre as que não consumiram frutos do mar.
Os pesquisadores atribuem essa relação ao consumo de ácidos graxos ômega-3, como o ácido docosahexaenoico (DHA) e o ácido eicosahexaenoico (EPA), que são essenciais para a saúde cerebral. Esses nutrientes influenciam aspectos importantes do cérebro, como a expressão genética e a flexibilidade das membranas celulares. Além disso, frutos do mar são fontes de iodo, que é crucial para a produção de hormônios da tireoide, e selênio, que ajuda na produção de proteínas e atua como antioxidante.
Embora a pesquisa tenha destacado os benefícios da ingestão de frutos do mar para o comportamento social, os cientistas notaram que a dieta rica em ômega-3 não teve impacto nas pontuações de QI das crianças. Isso sugere que, enquanto a alimentação pode moldar aspectos do comportamento social, não necessariamente afeta a inteligência medida por testes de QI.
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