Exercícios físicos promovem saúde e bem-estar após os 50 anos

Iniciar atividade física após os 50 anos pode transformar a saúde e a vida de pessoas sedentárias. Estudos recentes revelam que essa prática pode reduzir em até 35% o risco de morte e melhorar a saúde física e mental, mesmo para aqueles que nunca se exercitaram.

O Brasil enfrenta um rápido envelhecimento populacional, com projeções do IBGE indicando que, em menos de 15 anos, um em cada três brasileiros terá mais de 50 anos. Atualmente, mais da metade desse grupo é sedentária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 31% dos adultos não atingem o mínimo de atividade física recomendado, e esse número sobe para 50% entre os idosos. Essa inatividade contribui para o aumento de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e depressão.

A boa notícia é que nunca é tarde para começar. Pesquisas publicadas no JAMA Network Open e no British Journal of Sports Medicine confirmam que adultos que iniciam exercícios após os 50 anos apresentam melhorias significativas na pressão arterial, níveis de glicose e colesterol, além de um aumento na autonomia funcional. O exercício físico atua em quase todos os sistemas do corpo, reduzindo a inflamação crônica e preservando a massa muscular.

Benefícios do Exercício

Estudos demonstram que exercícios supervisionados podem melhorar a função física de adultos mais velhos. A revisão sistemática de Northey et al. (2018) destaca que a atividade física também melhora a função cognitiva, independentemente do estado inicial. A OMS recomenda que adultos com mais de 50 anos realizem de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada por semana, além de exercícios de fortalecimento muscular.

Para iniciar, é essencial realizar uma avaliação médica e optar por atividades seguras e progressivas, como caminhadas e alongamentos. O suporte de uma equipe multiprofissional pode aumentar a segurança e a motivação, especialmente no início.

Além dos benefícios físicos, o exercício promove uma transformação emocional. Ele ajuda a combater a apatia e o isolamento, devolvendo o senso de controle e disciplina. Em tempos de discussões sobre os custos do envelhecimento, é crucial lembrar que a solução pode estar nos passos dados diariamente em parques e praças.