26 de jun 2025

Bill Gates reconhece que o vício em trabalho prejudica a produtividade
Estudo revela que 65% dos trabalhadores no México enfrentam carga horária excessiva, exacerbada pelo uso de tecnologia durante a pandemia.

Foto: Reprodução
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O vício em trabalho, conhecido como workaholism, é um problema crescente que afeta a saúde mental e a produtividade globalmente. Estudos recentes revelam que o uso excessivo de tecnologia, intensificado pela pandemia de COVID-19, contribui para essa condição, especialmente no México, onde 65% da força de trabalho trabalha entre 10 e 12 horas diárias.
A Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) define o workaholismo como uma "necessidade compulsiva, excessiva e incontrolável de realizar atividades laborais". Essa compulsão é exacerbada pelo fácil acesso ao trabalho por meio de smartphones e outras tecnologias. Durante o confinamento, muitos profissionais relataram dificuldades em estabelecer limites entre trabalho e vida pessoal.
Oscar Steve, diretor do portal Xataka México, enfatiza que "o mais difícil do trabalho remoto é parar". Ele sugere que é essencial definir horários para encerrar as atividades, evitando que o ambiente de trabalho se torne um convite constante para continuar. Essa falta de limites pode levar a um ciclo vicioso de exaustão e diminuição da produtividade.
Um estudo da Universidade de Bergen, na Noruega, aponta que a adição ao trabalho é influenciada por diversos fatores, sendo os conflitos entre vida profissional e familiar um dos principais. A pesquisa destaca que, embora o trabalho excessivo possa parecer benéfico para as empresas, a saúde dos trabalhadores deve ser priorizada, pois uma força de trabalho exausta não é eficiente.
Erika Villavicencio, doutora em Saúde Ocupacional, alerta que 85% das empresas no México reconhecem o transtorno ocupacional. Ela ressalta a importância de distinguir entre ser produtivo e ser viciado em trabalho, uma distinção crucial para a saúde mental dos trabalhadores. A falta de descanso pode comprometer a qualidade de vida e a saúde física e emocional.
Governos e instituições precisam estar atentos ao bem-estar dos trabalhadores. A adoção de jornadas de trabalho mais equilibradas, como a de 40 horas semanais, pode ser um passo importante para mitigar os efeitos do workaholismo e promover um ambiente de trabalho mais saudável.
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