24 de mai 2025
Sean Ronayne registra sons de aves irlandesas para alertar sobre extinção e gerar esperança
Ornitólogo irlandês registra sons de 201 espécies ameaçadas e lança livro e documentário sobre a biodiversidade em risco na Irlanda.
Alarmado com a extinção, irlandês grava os cantos de todas as espécies de aves de seu país. (Foto: AFP)
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Sean Ronayne, um ornitólogo irlandês, dedicou os últimos quatro anos a gravar os sons das aves da Irlanda, alertando para a grave situação de extinção que muitas espécies enfrentam. Aproximadamente 63% das aves do país estão em risco de extinção, segundo órgãos de proteção ambiental.
Ronayne registrou os sons de 201 espécies de aves, acumulando mais de 12 mil fragmentos de áudio. Faltam apenas duas espécies para completar seu projeto: o mandrião-grande e a serreta-média. O ornitólogo acredita que, se as pessoas percebessem a beleza da fauna, mudariam suas mentalidades e lutariam pela preservação.
A Irlanda, famosa por suas paisagens verdes, enfrenta uma deterioração ambiental. Ronayne destaca que a perda de habitats e a exploração intensiva das terras são as principais ameaças às aves. Ele critica as plantações de coníferas não nativas, que ocupam cerca de 9% das florestas do país, como um cultivo industrial prejudicial à biodiversidade.
Sensibilização e Educação
No ano passado, Ronayne lançou um livro e um documentário sobre suas gravações. Suas palestras têm atraído grandes públicos, onde ele utiliza os sons das aves como uma ferramenta para conectar as pessoas à natureza. Durante as apresentações, ele compartilha sua história pessoal e a importância da fauna, despertando emoções que vão da alegria à tristeza.
Além das palestras, Ronayne organiza passeios ao amanhecer em florestas, permitindo que os participantes ouçam os cantos das aves. Ele afirma que a diversidade sonora reflete a saúde do meio ambiente. "Quanto mais diversificado, mais saudável é o habitat", explica.
Ronayne também utiliza gravadores em locais remotos para capturar sons de aves em seu habitat natural. Ele espera que, ao reavivar a paixão pela natureza, a sociedade se mobilize para proteger o que ainda resta.
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