17 de jan 2025
Mosquitos se tornam mais agressivos e transmissíveis em períodos de seca, revela estudo
Estudo da Universidade de Cincinnati revela adaptação de mosquitos à seca. Fêmeas se alimentam mais de sangue para evitar desidratação e reproduzir. Ovos de Aedes aegypti sobrevivem até um ano sem água, aumentando surtos. Mudanças climáticas favorecem dispersão de mosquitos para novas regiões. Compreensão das adaptações é crucial para controle de doenças transmitidas.
RESILIÊNCIA BIOLÓGICA: mosquitos são capazes de sobreviver em períodos secos e manter populações viáveis mesmo em condições adversas (Foto: Joao Paulo Burini/Getty Images)
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Durante períodos de seca, os mosquitos adaptam seu comportamento para sobreviver à escassez de água, essencial para sua reprodução. Um estudo da Universidade de Cincinnati, publicado na revista iScience, indica que as fêmeas se alimentam de sangue com mais frequência, não apenas para produzir ovos, mas também para evitar a desidratação. Essa estratégia, embora vital para a sobrevivência dos insetos, aumenta os riscos de transmissão de doenças como dengue, Zika e malária.
Os cientistas descobriram que, em ambientes secos, os mosquitos podem sobreviver até 20 dias sem água, alimentando-se repetidamente de sangue para manter a hidratação. Além disso, eles se tornam mais agressivos na busca por hospedeiros, intensificando o risco de transmissão de doenças. A seca também afeta a reprodução: ovos de espécies como o Aedes aegypti podem sobreviver até um ano sem água e eclodem rapidamente com a volta das chuvas, aumentando a população de mosquitos.
Essas adaptações são um desafio para o controle de surtos de doenças. Mosquitos como o Aedes aegypti e o Culex se refugiam em locais frescos e úmidos, como porões, para sobreviver até que a umidade retorne. Essa resiliência permite que mantenham sua atividade durante longos períodos de estiagem, o que é crucial para sua sobrevivência.
As mudanças climáticas também influenciam esse cenário. Invernos mais quentes e secas prolongadas criam condições favoráveis para a atividade dos mosquitos e sua dispersão para novas regiões, aumentando o risco de surtos de doenças. Os resultados do estudo ressaltam a importância de pesquisas contínuas sobre as adaptações biológicas e comportamentais dos mosquitos, essenciais para entender sua resiliência em condições adversas.
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