Atividades físicas são essenciais na prevenção e tratamento do câncer, afirma Inca

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, destacou em comunicado recente a importância da atividade física na prevenção e controle do câncer. O documento, alinhado à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), enfatiza que exercícios regulares não apenas beneficiam a saúde mental e coletiva, mas também podem reduzir o risco de câncer de mama, próstata, endométrio, cólon e reto. O coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Fábio Carvalho, ressaltou que a divulgação visa desmistificar a ideia de que o repouso é a melhor estratégia para pacientes oncológicos.

Dados do Ministério da Saúde revelam que, em 2023, foram registrados 71.730 novos casos de câncer de próstata e 73.610 de câncer de mama no Brasil. As mortes por câncer também foram significativas, com 16.300 óbitos por câncer de próstata e 18.139 por câncer de mama em 2021. Carvalho observou que a atividade física pode reduzir a mortalidade específica e ajudar a controlar sintomas como a fadiga oncológica, além de melhorar a qualidade do sono e o estado psicossocial dos pacientes.

O Inca alertou que, até 2025, o Brasil poderá registrar 704 mil novos casos de câncer anualmente, com maior incidência nas regiões Sul e Sudeste. O instituto enfatiza que a atividade física deve ser adaptada às condições de cada paciente e que o acompanhamento por profissionais de saúde é ideal. Para aqueles sem acesso a especialistas, Carvalho sugere que pequenas mudanças no cotidiano, como caminhar mais, podem trazer benefícios significativos.

Carvalho também destacou que, mesmo sem acompanhamento profissional, ações simples podem ser eficazes. Caminhar para locais próximos, como padarias ou mercados, pode ser uma alternativa viável. Embora atividades sistematizadas, como academias, sejam recomendadas, ele afirma que opções mais ativas no dia a dia também são benéficas para a saúde dos pacientes oncológicos.