Saúde

Pesquisa revela que mulheres são mais afetadas pelo Alzheimer e aponta a carnitina como possível explicação

Estudo revela que carnitina baixa no sangue está ligada ao Alzheimer em mulheres. Pesquisa envolveu 125 participantes do Brasil e EUA, mostrando correlação robusta. Carnitina pode fortalecer sinapses, sugerindo papel protetivo no cérebro. Hipótese aponta que homens têm níveis naturalmente baixos de carnitina. Estudo abre novas investigações sobre biomarcadores e prevenção da doença.

DEMÊNCIA - Alzheimer: pesquisa brasileira ajuda a melhorar compreensão da doença em mulheres (Foto: boonstudio/Getty Images)

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Mais de 35 milhões de pessoas no mundo vivem com Alzheimer, sendo que as mulheres são quase duas vezes mais afetadas que os homens. Uma pesquisa realizada no Brasil, em colaboração com pesquisadores dos Estados Unidos, investigou essa disparidade. O estudo sugere que a carnitina, uma molécula relacionada ao metabolismo de gordura, pode estar ligada ao comprometimento cognitivo em mulheres. Mychael Lourenço, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacou que os níveis de carnitina estão reduzidos em mulheres com Alzheimer, enquanto essa redução não foi observada em homens.

A pesquisa, que envolveu 125 participantes do Rio de Janeiro e da Califórnia, revelou que níveis mais baixos de carnitina estão associados a um maior comprometimento cognitivo. Os resultados foram publicados na revista Molecular Psychiatry e indicam uma correlação robusta, não restrita à população brasileira. A carnitina, além de seu papel no metabolismo, também atua na regulação epigenética, fortalecendo as sinapses, conforme explicado por Lourenço. A epigenética permite a ativação ou desativação de genes sem alterar o DNA.

Os pesquisadores levantam a hipótese de que a diminuição da carnitina expõe as mulheres ao comprometimento cognitivo, enquanto nos homens, os níveis já são naturalmente mais baixos. Diogo Haddad, chefe do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, ressalta que, embora o estudo seja associativo, ele abre novas possibilidades de investigação sobre doenças neurodegenerativas que afetam mais mulheres. No entanto, ainda não é possível afirmar que a suplementação de carnitina traria benefícios.

O estudo também sugere que a análise dos níveis de carnitina pode servir como um biomarcador para o diagnóstico do Alzheimer, especialmente em casos de incerteza. Enquanto isso, os pesquisadores enfatizam a importância da prevenção, já que o número de casos de Alzheimer cresce em países em desenvolvimento, onde fatores comportamentais e de estilo de vida desempenham um papel significativo no desenvolvimento da doença.

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