21 de jan 2025
Tanzânia confirma surto de Marburg com letalidade de até 90% e intensifica medidas de controle
A Tanzânia confirmou um novo surto do vírus Marburg na região de Kagera, com nove casos e oito mortes. A presidente Samia Suluhu Hassan anunciou a situação em coletiva com a OMS, destacando a letalidade do vírus. A OMS classificou o risco como "alto", devido à alta mortalidade e ao trânsito significativo de pessoas na região. O Marburg, da mesma família do Ebola, não possui vacinas ou tratamentos antivirais disponíveis atualmente. A transmissão ocorre por morcegos frugívoros e contato direto com fluidos corporais de infectados.
Partículas do vírus Marburg (Foto: NIAID)
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A Tanzânia confirmou, nesta semana, que o surto em investigação na região de Kagera é causado pelo vírus Marburg. O anúncio foi feito pela presidente do país, Samia Suluhu Hassan, em coletiva com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, na capital Dodoma. A confirmação ocorreu após exames que resultaram positivos para o patógeno, que pertence à mesma família do Ebola e apresenta uma letalidade de até 90%. Até o dia 11, a OMS registrou nove casos suspeitos e oito mortes na Tanzânia.
A presidente destacou a determinação do governo em conter o surto, lembrando que um surto anterior, em março de 2023, resultou em nove casos e seis mortes na mesma região, com uma letalidade de 67%. Os sintomas apresentados pelos pacientes incluem febre alta, diarreia e hematêmese. A OMS classificou o risco de Marburg na Tanzânia como “alto”, considerando a alta letalidade e a localização estratégica da região de Kagera, que facilita o movimento transfronteiriço significativo para países vizinhos.
Tedros afirmou que a OMS está comprometida em apoiar o governo tanzaniano para controlar o surto rapidamente. O diretor regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, ressaltou a importância das medidas do governo para evitar a disseminação da doença. Embora o risco global permaneça “baixo”, a OMS alertou sobre a necessidade de vigilância, uma vez que o Marburg é um vírus raro da família Filoviridae, com uma taxa de mortalidade que pode chegar a 88%.
O Marburg causa febre hemorrágica com início abrupto e sintomas graves em até sete dias. Não há vacinas ou tratamentos antivirais disponíveis, embora alguns medicamentos estejam em teste. A transmissão ocorre principalmente por morcegos frugívoros e pelo contato direto com fluidos corporais de infectados. O vírus foi identificado pela primeira vez na Alemanha, em 1967, e é considerado uma zoonose, similar a outras doenças como HIV e Covid-19.
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