27 de fev 2025
Surto de doença desconhecida no Congo já causa 60 mortes e mais de mil casos confirmados
O surto na República Democrática do Congo já causou 60 mortes e 1.096 casos confirmados. A doença apresenta sintomas semelhantes à febre hemorrágica, mas Ebola e Marburg foram descartados. Três crianças morreram após consumir carne de morcego, levantando preocupações sobre zoonoses. A OMS investiga a origem do surto e realiza testes em amostras de alimentos e água. A alta letalidade, especialmente em crianças, torna o surto uma ameaça significativa à saúde pública.
Equipe da OMS investiga surto na República Democrática do Congo (RDC). (Foto: OMS Africa)
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O surto de uma doença desconhecida na República Democrática do Congo (RDC) já resultou em 60 mortes e 1.096 casos confirmados, conforme informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira. A maioria das mortes ocorreu em até 48 horas após o início dos sintomas, que incluem febre, dor de cabeça e hemorragias. A OMS enviou uma equipe para investigar a origem do surto e realizar testes laboratoriais. Até o momento, os testes descartaram os vírus Ebola e Marburg, mas 54,1% das 571 amostras analisadas testaram positivo para malária, uma doença comum na região.
Os primeiros casos foram registrados na vila de Boloko, onde três crianças morreram após ingerirem um morcego morto. Desde então, a doença se espalhou para a vila de Bomate, resultando em 419 casos e 45 mortes até 15 de fevereiro. A OMS destaca que a situação representa uma ameaça significativa à saúde pública, especialmente para crianças menores de cinco anos. Investigações estão em andamento para determinar a causa da doença e a relação entre os surtos nas duas vilas, que estão a cerca de 100 km de distância.
Pesquisadores expressam preocupação com a gravidade do surto, que apresenta sintomas semelhantes aos de febres hemorrágicas. Michael Head, da Universidade de Southampton, ressalta a incerteza em torno do surto e a possibilidade de que um patógeno ainda não identificado esteja presente. Paul Hunter, da Universidade de East Anglia, lembra que um surto anterior na RDC foi atribuído a malária agravada por desnutrição, levantando a hipótese de que a situação atual possa ser semelhante.
A OMS planeja realizar mais testes para meningite e analisar amostras de alimentos e água para investigar possíveis contaminações. A vigilância na região é crucial, uma vez que a ingestão de carne de morcego pode estar relacionada ao surgimento da doença, dada a capacidade desses animais de hospedar vírus zoonóticos. As autoridades locais continuam a monitorar a situação e a investigar a origem do surto.
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