24 de jan 2025
Gordura intramuscular aumenta risco de doenças cardíacas, revela estudo inédito
Estudo revela que gordura intramuscular aumenta risco de doenças cardíacas. Análise de 669 pacientes mostra relação entre gordura e disfunção microvascular. IMC falha como indicador de risco, especialmente em mulheres. Gordura intramuscular contribui para inflamação e resistência à insulina. Pesquisadores buscam tratamentos para reduzir riscos associados à gordura muscular.
O estilo de vida pode não ser a causa de ataques cardíacos e derrames, mas é um aspecto importante da prevenção, dizem os especialistas. (Foto: Manusapon Kasosod/Moment RF/Getty Images)
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Um estudo publicado no European Heart Journal revela que pessoas com gordura armazenada nos músculos enfrentam maior risco de hospitalização por ataque cardíaco ou insuficiência cardíaca, independentemente do índice de massa corporal (IMC). Esta pesquisa, a primeira a investigar a relação entre gordura intramuscular e doenças cardíacas, sugere que medidas tradicionais como IMC e circunferência da cintura não são adequadas para avaliar com precisão o risco cardiovascular.
A pesquisa foi conduzida com 669 pacientes do Brigham and Women’s Hospital, com idade média de 63 anos, que apresentavam sintomas como dor no peito e falta de ar, mas sem evidências de doença arterial coronária obstrutiva. Os pesquisadores utilizaram tomografia por emissão de pósitrons e tomografia computadorizada para avaliar a função cardíaca e a composição corporal, medindo a quantidade de gordura e músculo. A fração muscular gordurosa foi calculada para quantificar a gordura intramuscular.
Os resultados mostraram que um aumento de 1% na fração de gordura muscular estava associado a um aumento de 2% no risco de disfunção microvascular coronária e 7% no risco de doenças cardíacas graves. Aqueles com alta gordura intramuscular e disfunção microvascular apresentaram risco elevado de morte e complicações cardíacas, enquanto a gordura subcutânea não teve impacto significativo.
A gordura intramuscular é preocupante porque pode contribuir para inflamação e metabolismo alterado da glicose, levando à resistência à insulina e à síndrome metabólica. A pesquisa destaca a importância de identificar pessoas em risco elevado de doenças cardíacas, independentemente do IMC, e investiga como diferentes tratamentos, como exercícios e nutrição, podem impactar a saúde cardiovascular.
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