25 de mar 2025
TOFI: o risco oculto da gordura visceral que ameaça a saúde cardiovascular dos brasileiros
Estudo revela que 80,4% dos brasileiros têm gordura visceral elevada, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Monitorar saúde vai além do peso.
Dados sobre gordura visceral foram obtidos por meio de um teste de bioimpedância (Omron/Divulgação) (Foto: Omron/Divulgação)
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A presença de gordura visceral, que se acumula ao redor de órgãos na cavidade abdominal, pode representar riscos à saúde mesmo em indivíduos com peso normal. Um estudo da multinacional Omron revelou que 80,4% dos brasileiros têm níveis de gordura visceral superiores a 10% do peso corporal, um percentual considerado elevado. Apesar disso, 49% dos participantes estavam acima do peso. A pesquisa foi realizada com 767 pessoas em farmácias, utilizando balanças digitais de bioimpedância.
O cardiologista Audes Magalhães Feitosa, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, destaca que a gordura visceral é um "órgão inflamatório" que pode levar a condições como hipertensão, diabetes tipo 2 e aumento do risco de infarto e AVC. Ele alerta que muitos avaliam a saúde apenas pela aparência física, ignorando que o Índice de Massa Corporal (IMC) não reflete a composição corporal, podendo levar a um falso senso de segurança em relação à saúde cardiovascular.
Os hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo são fatores que contribuem para o acúmulo de gordura visceral. Dietas ricas em calorias, açúcares e gorduras saturadas, além do estresse crônico, favorecem essa condição. Para prevenir problemas cardiovasculares, é essencial adotar uma alimentação equilibrada, priorizando alimentos in natura e a prática regular de exercícios físicos, conforme recomenda a nutricionista Thais Galhardo.
Além disso, a pesquisa também mediu a pressão arterial de 2.399 pessoas, revelando que 26% apresentavam hipertensão, enquanto 25,3% estavam em pré-hipertensão. A fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca, foi identificada em 6,5% dos avaliados, um índice superior ao esperado na população adulta. Feitosa enfatiza que a saúde cardiovascular deve ser monitorada por meio de indicadores como gordura visceral e pressão arterial, permitindo a identificação precoce de riscos e a prevenção de doenças metabólicas.
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