Saúde

Obesidade e tabagismo na adolescência podem prever problemas cardiovasculares futuros

Estudo no periódico Pediatrics identifica riscos cardiovasculares em adolescentes sem exames. Fatores como hipertensão, obesidade e tabagismo são preditores significativos. Dados de 11.550 participantes em sete estudos longitudinais foram analisados. A prevenção deve começar na infância, visando fatores de risco modificáveis. Check up cardiovascular recomendado entre 10 e 12 anos para jovens em risco.

Hipertensão, obesidade e tabagismo em adolescentes podem predizer o risco de algum problema cardiovascular no futuro, segundo estudo (Foto: MachineHeadz/GettyImages)

Hipertensão, obesidade e tabagismo em adolescentes podem predizer o risco de algum problema cardiovascular no futuro, segundo estudo (Foto: MachineHeadz/GettyImages)

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Um novo estudo publicado no periódico Pediatrics revela que hipertensão, obesidade e tabagismo em adolescentes podem prever o risco de problemas cardiovasculares futuros, mesmo sem a análise das taxas de colesterol. Os pesquisadores destacam que, embora a dosagem de colesterol seja útil para identificar precocemente esses riscos, ela pode não ser acessível em todas as regiões ou para determinados grupos sociais. Portanto, é essencial desenvolver estratégias de avaliação que não dependam de exames laboratoriais, permitindo a identificação de jovens que necessitam de investigações mais aprofundadas.

Os dados analisados foram coletados do International Childhood Cardiovascular Cohort, que abrange sete estudos longitudinais com um total de 11.550 participantes nos Estados Unidos, Austrália e Finlândia. Os pesquisadores correlacionaram informações de saúde de adolescentes entre 12 e 19 anos com a ocorrência de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC, após os 25 anos. A pesquisa concluiu que a presença de pressão arterial elevada, sobrepeso, obesidade e tabagismo na adolescência está significativamente associada ao aumento de eventos cardiovasculares na vida adulta, independentemente da dosagem de lipídeos.

O cardiologista Humberto Graner, do Hospital Israelita Albert Einstein, enfatiza que a identificação de adolescentes em risco pode ser feita com informações simples, como peso e histórico de tabagismo. Isso não apenas facilita a prevenção e reduz custos, mas também permite intervenções precoces, como mudanças no estilo de vida, antes que problemas mais graves se desenvolvam. A obesidade na juventude, por exemplo, está ligada a um aumento da inflamação sistêmica e resistência à insulina, acelerando o processo de aterosclerose.

Graner recomenda que o primeiro check-up cardiovascular ocorra entre 10 e 12 anos, especialmente para aqueles com histórico familiar de doenças cardíacas. A avaliação deve incluir medidas simples, como peso, altura e pressão arterial, além de questionários sobre hábitos de vida. Para jovens com um estilo de vida saudável, o foco deve ser na manutenção de práticas como alimentação equilibrada, atividade física regular, sono de qualidade e abstinência do tabaco.

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